Governo vai apoiar indústria, garante ministro

13/03/2012 - 22h10 - Comissões - Assuntos Econômicos

Governo vai apoiar indústria, garante ministro da Fazenda

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (13), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que “o governo não vai abandonar a indústria brasileira”. Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ), Armando Monteiro (PTB-PE), Blairo Maggi (PR-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) foram alguns dos que manifestaram preocupação com a desindustrialização nacional na sabatina do ministro da Fazenda na CAE.

- Estamos preocupados com o sofrimento da indústria. Não vamos abandonar a indústria – afirmou Mantega antes de garantir que o Brasil continuará sua “trajetória de desenvolvimento sustentável” sem esquecer o setor industrial.

Um dos principais desafios brasileiros, segundo Mantega, é manter em crescimento os investimentos em infraestrutura, principalmente em transportes e em geração energética.

- O setor industrial brasileiro é o que mais está sofrendo com a crise mundial – acrescentou.

Armando Monteiro disse que o setor industrial atravessa uma crise – as exportações de manufaturados ficaram US$ 90 bilhões abaixo das importações em 2011. Ele cobrou do governo medidas de médio prazo para restaurar a competitividade do setor. Isso envolveria necessariamente, na opinião do senador, a desoneração da folha de pagamento das indústrias.

Mantega reconheceu o problema e disse que o cambio desempenha um papel importante. Ele apontou dificuldades para o governo, principalmente em relação aos grandes países que “promovem manipulação cambial e políticas de expansão monetária”. Por isso, o ministro defende a adoção “medidas de defesa comercial” permitidas pela Organização Mundial do Comércio.

- Não podemos fazer papel de bobos, mesmo sendo partidários do câmbio flutuante – disse.

O ministro garantiu que o governo mantém sob vigilância todas as portas de entrada de dólares no país, para impedir uma valorização excessiva da moeda brasileira. Mantega também informou que o governo federal conseguiu reduzir a dívida pública brasileira em relação ao PIB, para 36,5% do PIB em 2011.

Ao senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que relatou dificuldades do setor de indústrias têxteis de Santa Catarina, Mantega informou que o Ministério da Fazenda está na iminência de promover mudanças nas alíquotas atuais utilizadas para desonerar a folha de pagamento dessas empresas. Ele declarou também que novos setores deverão ser contemplados com esse tipo de benefício fiscal.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou a edição de portaria tratando da equalização de preços do arroz. Mantega respondeu que o assunto será resolvido em breve. Já em resposta a crítica do senador José Agripino (DEM-RN) sobre a escassez de linhas de crédito para o financiamento de pequenas e médias empresas, Mantega observou que os próprios bancos privados muitas vezes preferem repassar os recursos conseguidos junto ao BNDES para grandes empresas. De acordo com o ministro, o BNDES deverá disponibilizar mais capital de giro com taxas menores para as empresas este ano.

O ministro da Fazenda também aproveitou para negar os boatos de que o governo federal estaria estudando mudanças na rentabilidade da poupança, já que a taxa Selic estaria em permanente queda.

Agência Senado

 

Notícias

STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos

09/03/2011 - 16h06 DECISÃO STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que reconheceu a união estável, pelo período de 18 anos, de um casal cujo homem faleceu, bem como a partilha dos bens...

Pedido de justiça gratuita pode ser feito a qualquer tempo

Extraído de Veredictum Pedido de justiça gratuita pode ser feito a qualquer tempo by Max De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, o pedido de concessão do benefício da justiça gratuita pode ser feito pela parte a qualquer momento ou grau de jurisdição. Quando for solicitado...

Trabalhador retirou-se da audiência porque calçava chinelos de dedos

  Indenização para trabalhador que, calçando chinelos, foi barrado em audiência (04.03.11) Um dia depois da matéria de ontem (3) do Espaço Vital sobre exigências formais (gravata, paletó e calçados) para participar de atos judiciais, surge a notícia de que a União foi condenada a reparar o...

Não é possível reconhecer uniões estáveis paralelas

23/02/2011 - 14h21 STJ decide que é impossível reconhecer uniões estáveis paralelas A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça admitiu que não é possível reconhecer uniões estáveis paralelas entre um funcionário público aposentado do Rio Grande do Sul e duas mulheres, com as quais manteve...