Indústria precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores até 2020, diz pesquisa

Brasil precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior e técnico até 2020    EBC

Indústria precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores até 2020, diz pesquisa

19/10/2016 13h32  Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil*


Brasil precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior e técnico até 2020    EBC
Pesquisa sobre a formação de mão de obra divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o Brasil precisará qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico e de qualificação até 2020.

O Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é uma projeção sobre as necessidades de qualificação do trabalhador da indústria para o período.

Segundo o estudo, será necessário formar 625,4 mil profissionais no ensino superior, mas as maiores demandas serão por formação de técnicos e qualificação técnica, somando 5,1 milhões de trabalhadores. Outros 7,1 milhões deverão ter qualificações básicas.

Os setores que mais vão demandar formação profissional serão: construção (3,8 milhões de trabalhadores); meio ambiente e produção (2,4 milhões); metal/mecânica (1,7 milhão); e alimentos (1,2 milhão). Vestuário e calçados; tecnologias de informação e comunicação; energia; veículos; petroquímica e química; madeira e móveis; papel e gráfica; mineração; pesquisa, desenvolvimento e design estão entre os outros setores com grande demanda.

Para o diretor-geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, o Brasil precisa de um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social, a exemplo do que é feito em países desenvolvidos. “Temos um grave problema na matriz educacional brasileira. O ensino médio brasileiro está indo no caminho errado e vale fazer essa reflexão”, disse, defendendo a reformulação do ensino médio que está em discussão no Brasil.

A proposta de reestruturação do ensino médio possibilitará que o aluno escolha diferentes trilhas de formação e formação técnica.
“No Brasil, apenas 12% da população adulta têm ensino superior e é importante enxergarmos a formação profissional como um caminho importante para a inserção no mercado e para manter a empregabilidade das pessoas que têm acesso à requalificação”, disse Lucchesi.

Na Áustria, 76,8% dos jovens procuram educação profissional

Segundo a CNI, em países como a Áustria, por exemplo, 76,8% dos jovens procuram a educação profissional. O diretor-geral do Senai conta que lá, três vezes mais jovens cursam a universidade e isso não impede que haja um elevado número de jovens na educação profissional. Na Alemanha, 51,5% dos jovens fazem educação profissional e na França, 44,3%.

“A reforma vai na direção correta do que os principais países, desenvolvidos e emergentes têm feito com um sistema de ensino médio mais diversificado e flexível. Isso melhora a qualidade da educação, o nível de engajamento do jovem nessa atividade e o resultado final”, disse.

A demanda por formação até 2020 inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado de trabalho. Segundo Lucchesi, 28% são empregos novos e 72% são demandas por aperfeiçoamento e requalificação.

A maior necessidade por profissionais capacitados em ocupações industriais se concentra no Sudeste, Sul e Nordeste, alinhada com a participação dessas regiões no Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país).

Os dados do Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 estão disponíveis na página da CNI na internet.

Lucchesi destacou a realização da Olimpíada do Conhecimento [www.senaiolimpiadas.com.br] de 10 a 13 de novembro, uma parceria entre o Serviço Social da Indústria (Sesi), Senai e apoio do Ministério da Educação. A competição deve receber em Brasília cerca de 1,2 mil estudantes de cursos técnicos do Senai e dos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; alunos dos ensinos fundamental e médio do Sesi; e de escolas públicas do Distrito Federal.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Notícias

Relacionamento amoroso de 36 anos não é união estável

Extraído de Recivil Relacionamento amoroso de 36 anos não é união estável Para o TJRS, não basta o que o tempo de um relacionamento amoroso seja longo para que se caracterize como união estável. “Relacionamento mantido entre o autor e a falecida, ainda de longa data, sem caracterizar a entidade...

Nova ordem

  EC do divórcio torna separação inútil Por César Leandro de Almeida Rabelo   Concebido por valores morais, religiosos e sociais, o casamento pretende a união duradoura entre os cônjuges, ressalvada a possibilidade de dissolução nas hipóteses previstas na legislação. Contudo o princípio...

PEC dos recursos

  Palavra final do STJ é essencial na Justiça Editorial do jornal Folha de S.Paulo deste sábado (30/4) O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, trabalha para marcar sua gestão com uma mudança profunda no rito processual na Justiça. A ideia é dar validade imediata...

Farmácia pode comercializar cosméticos

Extraído de Direito2 Farmácia pode comercializar cosméticos Por: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Data de Publicação: 29 de abril de 2011 A farmácia Fitoterápicos A Cura Manipulações Ltda. conseguiu, na Justiça, o direito de preparar, expor e comercializar produtos cosméticos, sem a apresentação...

Cópia de procuração digitalizada sem autenticidade não tem validade

Extraído de Portal do Holanda 28 de Abril de 2011 Cópia de procuração digitalizada sem autenticidade não tem validade - A cópia da procuração digitalizada, sem declaração de autenticidade, não é documento válido. Com esse entendimento, a 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a decisão...