Projeto restringe bancos que podem operar recursos da Previdência

O projeto, em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos, é de autoria da senadora Kátia Abreu
Marcos Oliveira/Agência Senado

Para combater fraudes, projeto restringe bancos que podem operar recursos da Previdência

  

Da Redação | 25/01/2018, 12h06

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve analisar neste ano um projeto com objetivo de combater a má gestão de recursos e as fraudes nos regimes de previdência de servidores públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 411/2014, da senadora Kátia Abreu (sem partido-TO), restringe as instituições financeiras autorizadas a operar recursos do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Apenas carteiras e fundos geridos por bancos ou pela Caixa Econômica Federal poderão receber as aplicações. Para reduzir o risco dos investimentos, o texto exige que essas instituições tenham classificação igual ou superior à da Caixa.

Em caso de prejuízo decorrente da não observância das regras, o projeto determina a responsabilidade dos dirigentes do regime previdenciário, dos integrantes de seus conselhos administrativo e fiscal e da instituição financeira administradora da carteira ou fundo de investimento que recebeu a aplicação. Todos ficam obrigados a ressarcir integralmente as perdas.

A proposta também determina pena de reclusão de 8 a 16 anos, mais multa, para os responsáveis por gestão fraudulenta dos recursos. A gestão temerária (quando não há má-fé ou falsificação de informações) será punida com pena de reclusão de 4 a 12 anos e multa.

Depois de passar pela CAE, o texto seguirá para decisão final da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Fraudes

Na justificativa da proposta, Kátia Abreu argumenta que administradores irresponsáveis ou criminosos estão colocando em risco o RPPS, aplicando de forma inconsequente ou se apropriando, por meios fraudulentos, de recursos que pertencem aos servidores, que contribuíram mensalmente durante anos para garantir sua previdência.

A senadora ressalta que, quando um grupo se apropria de dinheiro desses regimes, o rombo será coberto no futuro pelo Orçamento do Estado. Por isso, o Congresso deve atuar para impedir o desvio.

— O dinheiro que foi roubado do RPPS terá que ser reposto pela população. Dinheiro que deveria ir para a educação, saúde e segurança terá que ser destinado ao RPPS para cobrir o rombo feito por meliantes que dilapidaram um patrimônio coletivo — afirma.

Emendas

O projeto recebeu parecer favorável do relator, Otto Alencar (PSD-BA). O senador incluiu uma emenda para determinar requisitos mínimos para o cargo de dirigente de RPPS. Pelo texto, o dirigente não pode ter exercido atividade político-partidária nos 24 meses anteriores à nomeação. Também não pode ter firmado contratos ou parcerias com a entidade de previdência nos três anos anteriores à nomeação. Entre outras vedações propostas pelo relator, está a proibição ao gestor de prestar serviços a instituições do sistema financeiro ou exercer atividade política-partidária enquanto ocupar o cargo.

Otto explica que a instituição de requisitos para gestores dos regimes previdenciários de servidores foi inspirada pela discussão, no Senado, sobre o aperfeiçoamento do marco legal dos fundos de pensão públicos. Em 2016, um substitutivo a dois projetos de lei sobre o tema (o PLS 78/2015 Complementar e o PLS 388/2015 Complementar) foi aprovado pelo Plenário e agora tramita na Câmara dos Deputados.

 

Agência Senado

Notícias

STJ terá sete novos ministros até o meio do ano

Extraído de JusClip STJ terá sete novos ministros até o meio do ano 14/03/2011 A presidente Dilma Rousseff deve indicar esta semana três novos ministros para o Superior Tribunal de Justiça. Dilma recebeu há um mês, do STJ, três listas tríplices com nomes de advogados que ocuparão o cargo de...

Descoberta de traição após núpcias não enseja anulação do casamento

Extraído de Arpen SP TJ-SC - Descoberta de traição após núpcias não enseja anulação do casamento A 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça manteve sentença da comarca de Itajaí, que julgou improcedente o pedido de anulação de casamento ajuizado por uma mulher que descobriu ter sido traída...

Repercussão geral

  STF julgará indulto e suspensão de direitos políticos Os ministros do Supremo Tribunal Federal entenderam que existe repercussão geral na discussão sobre a constitucionalidade ou não da extensão do indulto a medida de segurança decretada em relação a acusado considerado perigoso e submetido...

Distribuidora não pode vender a posto de concorrente

Extraído de domtotal 10/03/2011 | domtotal.com Distribuidora não pode vender a posto de concorrente Postos que firmam contrato de exclusividade com uma distribuidora de combustíveis estão obrigados a adquirir e revender os produtos apenas da empresa contratante. A decisão é da 15º Vara Federal do...

Lei mineira que impede desconto em folha inferior a 10 reais é contestada no STF

Quinta-feira, 10 de março de 2011 Lei mineira que impede desconto em folha inferior a 10 reais é contestada no STF A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4571) com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual contesta...

STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos

09/03/2011 - 16h06 DECISÃO STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que reconheceu a união estável, pelo período de 18 anos, de um casal cujo homem faleceu, bem como a partilha dos bens...