Adiada votação sobre eleição direta em tribunais de Justiça

Adiada votação sobre eleição direta em tribunais de Justiça

 

Simone Franco | 05/08/2015, 11h45 - ATUALIZADO EM 05/08/2015, 12h53

Pedido de vista coletiva adiou a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 15/2012) que permite aos juízes de primeiro grau eleger, pelo voto direto, o presidente e o vice-presidente dos tribunais estaduais e tribunais regionais federais (TRFs). A proposta está em discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e tem parecer favorável do relator, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

— Essa é uma porta e uma janela de oportunidade para permitir que o juizado de primeiro grau, base da Justiça brasileira, possa participar diretamente da eleição dos tribunais de segundo grau. Isso poderá dar uma dinâmica absolutamente diferente aos nossos tribunais — defendeu Ferraço.

A primeira oposição à iniciativa partiu do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Ele teme que uma disputa eleitoral para os cargos desperte uma “politização indesejável” no Judiciário, abrindo espaço para campanhas “com compromissos de ordem eminentemente corporativista”.

— Estabelecer uma dinâmica eleitoral para essa escolha poderia colocar em segundo plano o critério meritocrático — advertiu Aloysio.

Suas ponderações tiveram o apoio das senadoras Marta Suplicy (PT-SP), que vê um risco enorme de esse processo descambar para uma campanha eleitoral, e Simone Tebet (PMDB-MS), que considera inadequado envolver os tribunais de justiça em uma disputa eleitoral.

O adiamento da votação da PEC 15/2015 foi pedido pelo senador Ivo Cassol (PP-RO). Diante do fato, o vice-presidente da CCJ, senador José Pimentel (PT-CE), considerou a possibilidade de aprofundar a discussão da proposta por meio de audiência pública.

Agência Senado 

 

Notícias

Dado é fundamental para identificação e registro civil

Dado é fundamental para identificação e registro civil 24 Julho 2024 | 10h33min A insatisfação de ordem subjetiva não deve se sobrepor à garantia da imutabilidade e da segurança jurídica dos registros públicos. Com esse entendimento, o Tribunal de Justiça manteve sentença de comarca do Oeste que...

Mais de 91 mil crianças foram registradas sem o nome do pai em 2024

LACUNA PATERNA Mais de 91 mil crianças foram registradas sem o nome do pai em 2024 22 de julho de 2024, 10h30 Para combater essa realidade, o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) promove desde 2022 a campanha nacional “Meu Pai Tem Nome”, que tem como objetivo...

Contrato de namoro e o atual entendimento jurisprudencial

OPINIÃO Contrato de namoro e o atual entendimento jurisprudencial Daniel Araújo Freitas Oliveira Maria Gabriela Fernandes 18 de julho de 2024, 13h14 Apesar de um contrato atípico, ou seja, que não possui previsão expressa na legislação, verifica-se sua validade com o cumprimento dos requisitos...

Sem indução ao erro, não é possível anular registro de paternidade

segunda-feira, 15 de julho de 2024 Sem indução ao erro, não é possível anular registro de paternidade Para ser possível a anulação do registro de nascimento, um dos requisitos é a prova robusta de que o pai foi induzido a erro, ou ainda que tenha sido coagido a documentar como filho uma criança com...

Mudanças no Código Civil e criação do Direito Digital

Mudanças no Código Civil e criação do Direito Digital Izabela Rücker Curi Ao definir a licitude e a regularidade dos atos e das atividades no ambiente digital, o objetivo é fortalecer a autonomia privada, preservando a dignidade de pessoas e organizações. terça-feira, 16 de julho de 2024 Atualizado...