Ajuste fiscal permitirá ao país ampliar investimentos para 24% do PIB

14/01/2011


Ajuste fiscal permitirá ao país ampliar investimentos para 24% do PIB, diz Mantega

Wellton Máximo

Repórter da Agência Brasil

 

 

Brasília – O ajuste fiscal permitirá ao país ampliar, até 2014, os investimentos de 19% para 24,1% do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa foi divulgada hoje (14) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na primeira reunião ministerial conduzida pela presidenta Dilma Rousseff.

 

O esforço para elevar os investimentos, afirmou o ministro, será conduzido em conjunto pelo governo e pelo setor privado. Mantega, no entanto, não apresentou estimativas de investimentos públicos nos próximos anos. Disse apenas que os investimentos da União e das estatais encerraram 2010 com recorde estimado em R$ 122,2 bilhões, o que equivale a 5,1% do PIB.

 

Para que a inflação nem os juros surpreendam neste ano, o ministro voltou a afirmar que o governo intensificará o esforço fiscal, reduzindo consideravelmente os gastos com custeio (manutenção da máquina pública). Mantega mostrou preocupação com projetos em tramitação no Congresso que podem trazer impacto fiscal, como o reajuste dos servidores do Judiciário e a regulamentação da Emenda 29, que destina recursos à saúde.

 

Durante a apresentação, o ministro afirmou que, depois da crise de 2008 e da expansão acelerada no ano passado, o país passará por um ciclo de crescimento sustentável. De acordo com Mantega, a expansão ocorrerá sem desequilíbrios macroeconômicos, com inflação sob controle, com redução da dívida pública e aumento das reservas internacionais.

 

Na apresentação, o ministro não detalhou valores de cortes no Orçamento. De acordo com ele, a redução das despesas de custeio é essencial para abrir espaços para a ampliação dos investimentos e criar condições para a redução de juros e de impostos. Nesse cenário, destacou Mantega, o ajuste fiscal poderá ocorrer sem recessão, desemprego nem redução de obras públicas.

 

O ministro ressaltou que o preço do sucesso do Brasil é a valorização cambial. Ele, no entanto, destacou que o processo também ocorre em outros países, cujas moedas estão ficando cada vez mais fortes em relação ao dólar. Ano passado, o real se valorizou 5,01%, menos que outras moedas como o iene japonês, que se valorizou 14,68%, e o dólar australiano, que subiu 13,95%.

 

 

Edição: João Carlos Rodrigues

Agência Brasil

 

Notícias

Marco das Garantias: o que mudou para os novos negócios no setor financeiro

OPINIÃO Marco das Garantias: o que mudou para os novos negócios no setor financeiro Karina Ribeiro Delarmelina Pedro Duarte Pinho 20 de fevereiro de 2024, 15h22 Diante disso, fica a pergunta: afinal, alguma ferramenta do novo Marco Legal das Garantias serve aos novos negócios do setor...

Regra de impenhorabilidade vale para conta corrente se preservar sobrevivência

CONTA CORRENTE E APLICAÇÕES Regra de impenhorabilidade vale para conta corrente se preservar sobrevivência Danilo Vital 22 de fevereiro de 2024, 14h16 A impenhorabilidade de valores de até 40 salários mínimos depositado em caderneta de poupança está prevista no artigo 833, inciso X do Código de...

“MEUS BENS, TEUS BENS”: UNIÃO PARA MAIORES DE 70 ANOS GERA DISCUSSÃO

“MEUS BENS, TEUS BENS”: UNIÃO PARA MAIORES DE 70 ANOS GERA DISCUSSÃO Regime de separação de bens agora pode ser afastado por escritura pública. Entenda como e por quê O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, em primeiro de fevereiro, que o regime obrigatório de separação de bens nos casamentos e...