Anibal Diniz destaca nova tecnologia para reduzir custo da banda larga
Anibal Diniz destaca nova tecnologia para reduzir custo da banda larga
Da Redação | 05/09/2014, 18h21 - ATUALIZADO EM 06/09/2014, 12h35
O senador Anibal Diniz (PT-AC), responsável pela avaliação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) na Comissão de Ciência e Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), voltou a criticar, nesta sexta-feira (5), o custo das conexões de internet no país, que pode chegar a mais de R$ 2 mil por mês em localidades do Acre.
— Naturalmente, esse preço inviabiliza o uso da banda larga por seus moradores, que perdem também pela falta de acesso à informação, à cultura, à educação e à saúde - disse.
A solução, segundo o senador, podem ser as recentes evoluções tecnológicas, como a banda Ka, que permitirão uma maior exploração dos recursos de satélites para atender, em prazo razoável, às áreas rurais e às localidades mais isoladas. Ele explicou que essas tecnologias foram defendidas por especialistas no 14º Congresso Latino-Americano de Satélites, realizado no Rio de Janeiro, nesta quinta (4) e sexta-feira (5).
Anibal Diniz, que participa do evento, observa que o mercado brasileiro de satélites é um dos mais atrativos do mundo. Ele acredita que a utilização dessa tecnologia pode superar obstáculos no atendimento da internet em banda larga, além de baratear o custo para os consumidores.
Segundo participantes do encontro, com os satélites operando em banda Ka seria possível levar internet diretamente aos domicílios dos consumidores por cerca de R$ 200 mensais.
Para o senador, o uso de satélites e da banda Ka vão permitir resultados mais expressivos no programa de banda larga brasileiro. No entanto, apontou os desafios para o crescimento do mercado brasileiro.
— Problemas de ordem regulatória e a injusta estrutura tributária, além dos anacrônicos procedimentos de licenciamento de estações, são alguns dos gargalos que, no mínimo, burocratizam a atividade do setor, gerando menos eficiência e dificultando uma atuação e investimentos mais agressivos — disse.
Informações divulgadas durante o 14º Congresso Latino-Americano de Satélites apontam que no Brasil, assim como em todo o mundo, é crescente o uso de satélites para televisão.
De acordo com o presidente do evento, Rubens Glasberg, a alta definição exige cada vez mais bandas de satélite.
— Logo mais você vai ter a ultra-alta definição 4K, que vai exigir mais banda ainda; tem o crescimento do acesso à banda larga, e você só consegue chegar a regiões remotas via satélite —, afirmou
A tecnologia ultra high definition (UHDTV) 4K, usada em televisão e cinema digital, contém quatro vezes mais pontos na tela do que o padrão Full HD, mais recente.
Segundo Glasberg, o Brasil é hoje alvo da atenção dos grandes operadores e fabricantes internacionais de equipamentos, tanto satélites como equipamentos de terra, além de fornecedores de serviços de todos os tipos. O investimentos na área de satélites são de longo prazo e o investidor da área “projeta o Brasil para a frente, e vê muitas oportunidades”.
— “Não são investimentos para um ou dois anos. Um satélite dura 15 anos. Para projetar e construir, leva cinco [anos]. É um negócio de 15 anos — explicou Glasberg.
Agência Senado