Congresso derruba veto e voto impresso passa a ser obrigatório

Congresso derruba veto e voto impresso passa a ser obrigatório

6

Congresso derruba veto e voto impresso passa a ser obrigatrio

Publicado por Consultor Jurídico e mais 1 usuário - 19 horas atrás

O Congresso Nacional decidiu nesta quarta-feira (18/11) que os votos deverão ser impressos. Com o apoio de 368 deputados e 56 senadores, foi derrubado o veto à parte da reforma política que previa a impressão dos votos. Fica valendo agora o texto tal qual saiu do Parlamento — no processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada voto, que será depositado em local lacrado, sem contato manual do eleitor.

Apesar da derrubada do veto, o voto impresso ainda não valerá nas eleições municipais de 2016. Segundo a Lei 13.165/2015, essa regra deve valer apenas na primeira eleição geral após a aprovação da nova legislação, em 2018.

Ao justificar o veto, Dilma Rousseff explicou que, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a medida geraria um impacto de R$ 1,8 bilhão com despesas de compra de equipamentos e custeio das eleições. Além disso, também de acordo com a justificativa, o aumento das despesas não veio com estimativas de impacto orçamentário-financeiro.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) explicou que a derrubada do veto recuperou a vontade da Câmara e do Senado, que votaram pela obrigatoriedade da impressão dos votos. O senador disse que o objetivo é assegurar ao eleitor uma contraprova do voto dado. "A urna eletrônica é, sem dúvida, um avanço, mas não pode ficar estagnada no tempo" disse Cássio Cunha Lima.

O senador José Pimentel (PT-CE) defendeu a manutenção do veto da presidente Dilma Rousseff. Lembrou que a recomendação para o veto veio do TSE, por causa dos altos custos da mudança. "Como estamos tomando uma série de medidas por conta da limitação de recursos públicos, entendemos que não temos condições de investir na impressão de votos", afirmou Pimentel.

Segurança das urnas

Desde que começou a ser utilizada a urna eletrônica, a cada eleição é comum o candidato derrotado e os eleitores insatisfeitos com o resultado colocarem em xeque a segurança das urnas eletrônicas. Para eles, sem um voto impresso é impossível saber se o voto foi computado corretamente.

Nas eleições gerais de 2014 não foi diferente. Derrotado nas urnas, o PSDB pediu uma auditoria das eleições. A apuração do partido não encontrou nenhuma irregularidade nos sistemas de votação, apuração e totalização de votos nas eleições.

Apesar de não ter encontrado nenhum problema, o partido apresentou uma série de sugestões para melhoria do processo eleitoral, entre elas o voto impresso. Com informações da Agência Senado e da Assessoria de Imprensa do PSDB.

Consultor Jurídico
Origem da Imagem/Ilustração/Foto/Fonte: Extraído de JusBrasil

Notícias

Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa

Caso de divórcio Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa Homem alegou que se casou sem saber de problema psiquiátrico, mas juíza não viu requisitos do CC para anulação. Em vez disso, concedeu o divórcio. Da Redação segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025 Atualizado às...

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...