Copom mantém em 5% projeção de reajuste da gasolina este ano
14/03/2013 12:47
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, neste ano, a projeção de reajuste foi reduzida para 2,7%, ante 3% considerados em janeiro.
Copom mantém em 5% projeção de reajuste da gasolina este ano
14/03/2013 - 9h45
Economia
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A tarifa de telefonia e o preço do botijão de gás devem ficar estáveis, este ano, de acordo com projeção do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
A projeção para o reajuste do preço da gasolina, em 2013, foi mantida em 5%. A estimativa para o recuo da tarifa residencial de eletricidade ficou em aproximadamente 15%, ante 11% considerados em janeiro. “Essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais recentemente anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano”, informa o BC, na ata da última reunião do Copom.
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, neste ano, a projeção de reajuste foi reduzida para 2,7%, ante 3% considerados em janeiro.
Em relação à política fiscal, o BC informa que considera como hipótese de trabalho a geração de superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 155,9 bilhões em 2013, conforme os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Para 2014, a expectativa é a geração de superavit primário em torno de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Edição: Juliana Andrade
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Agência Brasil
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Dinâmica desfavorável da inflação pode não ser fenômeno temporário, avalia Copom
14/03/2013 - 9h19
Economia
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A maior dispersão do aumento de preços ao consumidor, pressões características do período (sazonais) e do segmento de transporte contribuem para que a inflação mostre resistência. A avaliação consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada hoje (14).
“Embora essa dinâmica desfavorável possa não representar um fenômeno temporário, mas uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado, o comitê pondera que incertezas remanescentes – de origem externa e interna – cercam o cenário prospectivo e recomendam que a política monetária [definição da taxa básica de juros, a Selic] deva ser administrada com cautela”, acrescentou o comitê.
No último dia 6, o Copom decidiu manter a taxa em 7,25% ao ano. Entretanto, o comitê não repetiu mais a avaliação de que a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta é manter as condições monetárias (Selic) por período de tempo suficientemente prolongado.
Agora a avaliação é que o “Copom irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária”.
Na ata da reunião, o comitê destaca que “taxas de inflação elevadas geram distorções que levam a aumentos dos riscos e deprimem os investimentos”. Segundo o Copom, essas distorções se manifestam, por exemplo, no encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, das empresas e dos governos e na deterioração da confiança de empresários. O comitê enfatiza, também, que taxas de inflação elevadas reduzem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias. “Por conseguinte, taxas de inflação elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de geração de empregos e de renda”, acrescenta.
A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, que tem surpreendido o governo. Na última sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,6% no mês passado, alcançando 6,31% no acumulado de 12 meses.
O BC trabalha para que a inflação convirja para o centro da meta, que é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com a projeção dos analistas de instituições financeiras divulgada na última segunda-feira (11), neste ano, a inflação medida pelo IPCA deve ficar em 5,82%, contra 5,70% previstos na pesquisa anterior. Para 2014, a estimativa foi mantida em 5,50%.
Edição: Juliana Andrade
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