CPI investigará planos de saúde

CPI para investigar planos de saúde

01/04/2011

O deputado Fernando Capez (PSDB) solicitou a instalação de CPI que tem por finalidade investigar o desequilíbrio entre os valores arrecadados pelas seguradoras de saúde, seus lucros e o montante que elas repassam para os profissionais da área médica.
A iniciativa atende manifestações de entidades médicas, tais como a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo e a Sociedade de Anestesiologia.

Em reuniões realizadas com representantes dessas entidades, Capez recebeu diversas denúncias sobre os pagamentos irrisórios realizados pelas seguradoras aos profissionais, o que acaba comprometendo, de maneira imediata, direitos assegurados aos consumidores usuários de planos de saúde privados e, também, toda a sociedade.

Segundo a associação, a alta carga de trabalho, aliada à baixa remuneração, acaba por comprometer gravemente a qualidade dos serviços médicos prestados, expondo os profissionais ao risco e erro médico, que certamente repercutem em seus pacientes. Informa que um médico obstetra recebe R$ 200 por parto realizado. Portanto, o profissional faz, às vezes, de 10 a 15 partos por dia para poder fazer jus a uma remuneração maior. Já um anestesista, que participa do mesmo procedimento, recebe R$ 80.
Em discurso realizado no plenário da Assembleia Legislativa, Capez chamou a atenção para o caos vivenciado pelos médicos. “É inaceitável que o médico receba R$ 200 para fazer um parto e o anestesista R$ 80, numa cirurgia de alto risco”, disse o deputado. O parlamentar protocolou, também, uma representação, no dia 3/9/2010, no Ministério Público Federal (Área da Tutela Coletiva), para solicitar a adoção de medidas céleres e eficazes que acabem com os referidos desmandos.

Para chamar a atenção da sociedade, os médicos organizam uma paralisação do atendimento a todos os convênios no dia 7/4. A manifestação está sendo articulada pela Associação Médica Brasileira, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Federação Nacional dos Médicos contra os baixos honorários e interferência das seguradoras na autonomia do trabalho dos mais de 160 mil profissionais que atuam no setor. “As relações entre médicos e seguradoras chegaram a um ponto insustentável”, destacou Florisval Meinão, diretor da Associação Médica Brasileira.

Extraído de JusClip

 

Notícias

Alteração do Código Civil: a posição do cônjuge na sucessão patrimonial

Herança Alteração do Código Civil: a posição do cônjuge na sucessão patrimonial Anteprojeto prevê a exclusão do cônjuge e do companheiro no rol de herdeiros necessários Gabriel Grigoletto Martins de Souza, Marianna Santos Araújo 30/08/2024  05:05 Em busca do alcance de maior flexibilidade no...

Juiz penhora 50% dos presentes de casamento de devedor

Se deu mal Juiz penhora 50% dos presentes de casamento de devedor A medida foi adotada para garantir o pagamento de uma dívida pendente, dado que o executado, apesar de ostentar um elevado padrão financeiro, não cumpriu suas obrigações judiciais. Da Redação terça-feira, 27 de agosto de...

Troca de primeiro nome por apelido não depende de constrangimento ou vexame

SOCIALMENTE CONHECIDO Troca de primeiro nome por apelido não depende de constrangimento ou vexame Danilo Vital 20 de agosto de 2024, 13h51 “O distanciamento entre o nome civil e o nome social, por si só, é capaz de causar constrangimento”, afirmou a ministra ao votar pelo provimento do recurso...

Falta de prova de constituição em mora impede expropriação de imóvel

LEILÃO CANCELADO Falta de prova de constituição em mora impede expropriação de imóvel Paulo Batistella 20 de agosto de 2024, 9h53 A cliente alegou que o banco credor no caso se negou a receber o valor relativo à dívida dela sob o argumento de que a consolidação da propriedade já estava em...