Cresce opção pelo acordo extrajudicial para resolver questões trabalhistas

Cresce opção pelo acordo extrajudicial para resolver questões trabalhistas

Segundo o TST, de 2017 para 2018, ano da aprovação da reforma trabalhista, número de acordos que deram entrada na Justiça trabalhista dos estados subiu quase 1.000%.

Por Jornal Nacional
22/07/2019 21h14  Atualizado há 16 horas

O número de brasileiros que tentaram resolver pendências trabalhistas em acordos extrajudiciais subiu quase 1.000% nos últimos dois anos.

Depois de 15 anos trabalhando numa distribuidora de peças para automóveis, Maria de Lourdes Silva Rocha foi mandada embora. A consultora comercial diz que a notícia a pegou de surpresa. Hora de fazer as contas para descobrir quanto irá receber - um outro momento difícil.

“Fico um pouco preocupada, se vai dar tudo certo, se vou receber. Acaba tendo aquela dúvida”.

Nunca é uma situação agradável discutir direitos na frente do ex-patrão, numa conversa envolvendo advogados. Mas desde que foi implantada a reforma trabalhista, disparou em todo o Brasil o volume de acordos extrajudiciais.

É quando empresa e funcionário, cada lado com seu advogado, se encontram para fechar a rescisão. Negociam diretamente entre eles como será o pagamento, os valores, as parcelas.

No caso de Maria de Lourdes, a empresa promete quitar o que a lei prevê em cinco dias, mais uma bonificação pelos anos de serviço.

É extrajudicial, mas um juiz acompanha tudo. Ele orienta as partes e verifica se o texto segue a legislação.

Para o juiz do Trabalho Mateus Hassen, outra vantagem da negociação é o tempo que se ganha, especialmente se comparado a uma briga nos tribunais.


“Esse processo é muito mais rápido porque tem um rito simplificado. Então são menos atos que são realizados pelo Poder Judiciário. Nós podemos falar de algo em torno de um a três meses”.

Os números mostram o crescimento das propostas de negociação.

Pelos dados do Tribunal Superior do Trabalho, de 2017 para 2018, ano da aprovação da reforma, o volume de acordos extrajudiciais que deram entrada na Justiça trabalhista dos estados subiu quase 1.000%.

Em 2019, segue em alta. Nos seis primeiros meses de 2017 nem 600 acordos foram homologados. Em 2018, no mesmo período, passou de 12 mil. E de janeiro a junho de 2019, mais de 21 mil.

Para Cláudia Abud professora de direito trabalhista, a agilidade no processo é o que mais beneficia o trabalhador.

Já as empresas buscam a garantia de poder extinguir um contrato sem risco de responder a novos processos no futuro. Um acordo entre as partes, mas com segurança jurídica.

“O papel do juiz é fundamental para evitar fraudes e negociações que possam infringir a lei e prejudicar a empresa ou o funcionário, especialmente o funcionário, especialmente o empregado”.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

Notícias

Quando é possível mudar o nome da criança?

Quando é possível mudar o nome da criança? Uma lei de 2022 permitiu que os pais possam mudar o nome do filho caso se arrependam da decisão até 15 dias após o nascimento. Veja como funciona! Por Crescer Online 18/08/2023 18h25  Atualizado há 3 dias Escolher como chamar um filho nunca é uma...

Bem de família legal: análise dos mais recentes posicionamentos do STJ

Bem de família legal: análise dos mais recentes posicionamentos do STJ Egle Cecconi Hipóteses do reconhecimento da impenhorabilidade do bem de família legal: posicionamento do STJ. segunda-feira, 14 de agosto de 2023 Atualizado às 11:12 1. Introdução. Este artigo tem como objetivo analisar o...