Definição do que seria uso pessoal de maconha é pouco clara, avalia juiz

Definição do que seria uso pessoal de maconha é pouco clara, avalia juiz

Da Redação | 08/09/2014, 10h39 - ATUALIZADO EM 08/09/2014, 10h58

Assim como defensor público na Bahia, Daniel Nicory, o juiz Gerivaldo Alves Neiva, da Associação Juízes para a Democracia e da Comissão de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), avalia que a Lei 11.343/2006, que trata da criminalização do porte de droga, é pouco clara sobre a definição do que seria uso pessoal. Com isso, disse Neiva durante audiência pública sobre a regulamentação da maconha, a questão acaba dependendo da decisão dos próprios juízes.

A ausência de uma norma clara aprovada pelo Congresso, na avaliação do magistrado, dá espaço para interpretações diversas sobre a lei em vigor.

- A magistratura está atônita diante de uma lei retalhada pelo STF, que marcha feito um trem descarrilhado em direção ao Legislativo – disse.

Para o juiz, a forma repressiva como é encarado o problema das drogas resultou apenas no encarceramento em massa de jovens, pobres, periféricos e excluídos das oportunidades sociais.

- Como está, não dá pra continuar e a história não nos absolverá por termos permitido tantas mortes e violência em nome de um tabu injustificado. O sentimento é de que estamos “enxugando gelo” e que precisamos de mudanças - afirmou.

A possibilidade de regulamentação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha está em debate em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O objetivo, como nas discussões anteriores, é subsidiar a decisão sobre a transformação ou não em projeto de lei de uma sugestão popular com esse conteúdo (SUG 8/2014).

Agência Senado

 

Notícias

STJ reconhece filiação socioafetiva entre homem e pai falecido

STJ reconhece filiação socioafetiva entre homem e pai falecido 12/02/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do Migalhas) Atualizado em 13/02/2025 Um homem conseguiu no Superior Tribunal de Justiça – STJ o reconhecimento da filiação socioafetiva entre ele e seu pai já...

STJ valida uso de assinatura eletrônica não certificada pela ICP-Brasil

Avançada X Qualificada STJ valida uso de assinatura eletrônica não certificada pela ICP-Brasil José Higídio 12 de fevereiro de 2025, 12h48 Para a relatora, a assinatura avançada é equivalente à firma reconhecida por semelhança, enquanto a qualificada seria a firma reconhecida por autenticidade. É...

Tios devem justificar uso e administração de pensões e herança de sobrinha

Tios devem justificar uso e administração de pensões e herança de sobrinha 10/02/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do TJSC) Em Santa Catarina, um casal deverá prestar contas sobre os bens administrados de pensão e herança da sobrinha, referentes ao período pelo qual...