Empresa busca área para fábrica de iPad em Minas Gerais
13/09/2011 12:18
A nova fábrica da Foxconn, gigante taiwanesa fabricante de tablets e equipamentos eletrônicos, pode escolher uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, em um raio de 20 km a 30 km do aeroporto internacional de Confins, para implantar um dos maiores projetos já desenvolvidos por uma companhia estrangeira no Brasil. A decisão da Foxconn sairá dentro de 40 a 60 dias para um investimento de US$ 8 bilhões.
Empresa busca área para fábrica de iPad em Minas Gerais
13/09/2011
A nova fábrica da Foxconn, gigante taiwanesa fabricante de tablets e equipamentos eletrônicos, pode escolher uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, em um raio de 20 km a 30 km do aeroporto internacional de Confins, para implantar um dos maiores projetos já desenvolvidos por uma companhia estrangeira no Brasil. A decisão da Foxconn sairá dentro de 40 a 60 dias para um investimento de US$ 8 bilhões.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou o interesse da empresa no Estado de Minas Gerais. Pimentel recebeu uma delegação da Foxconn, em Belo Horizonte, no feriado de 7 de Setembro. Após o encontro, os executivos, segundo fontes do mercado, teriam sobrevoado pelo menos três áreas perto do aeroporto. Eles procuram um terreno gigantesco para abrigar o que chamam de “Cidade Tecnológica”.
A primeira vez que o ministro do Desenvolvimento se reuniu com a delegação foi em Brasília, há um mês e meio. “Minas Gerais está bem posicionada”, disse o ministro ontem. De acordo com informações do mercado, Minas tem grandes chances, já que a Foxconn não estaria interessada em expandir sua unidade em Jundiaí, onde deve iniciar nos próximos meses a montagem de tablets. A proposta é investir em outra cidade. “É a primeira fábrica fora da Ásia para a produção da tela Tft (telas de led) com o mesmo material do computador. Só tem três fábricas que produzem essa tela: a LG, Samsung e a Foxconn”, informou Pimentel.
De acordo com o ministro, a Foxconn vai montar a fábrica com 4.000 a 5.000 engenheiros, em uma primeira fase, chegando a 20 mil engenheiros num futuro próximo. E em uma última fase, explicou Pimentel, acontece a atração de fornecedores. Por isso, a necessidade de uma área com possibilidade de expansão. Nesse ponto, as cidades próximas ao aeroporto de Confins têm essa vantagem.
O ministro disse que o Rio de Janeiro também está no páreo para abrigar a Foxconn, assim como Paraná e Pernambuco. Segundo ele, a intenção da empresa é transferir para o Brasil a produção para atender América Latina e Estados Unidos. “Se der certo, a vinda da Foxconn para Minas Gerais terá o mesmo impacto que a Fiat teve quando veio para o Estado”, afirmou.
O professor de tecnologia da informação da faculdade IBS/Fundação Getúlio Vargas (FGV), Welington Fernandes Pinto, disse que se a instalação da Foxconn em Minas for confirmada, o impacto será de geração de renda e desenvolvimento de possíveis parcerias com fontes de pesquisas como as universidades. “A Foxconn vai absorver mão de obra especializada e Belo Horizonte e Minas Gerais são formadores de técnicos especialistas em softwares para dispositivos móveis”, explicou Fernandes Pinto, referindo-se a engenheiros de computação.
Quanto à cidade a ser escolhida, Fernandes Pinto disse que ela vai precisar estar com condições de atender às cobranças da Foxconn de infraestrutura, como escolas e proximidade ao aeroporto. “A empresa quer qualidade de vida para o gestor, facilidade de escoamento dos produtos e possibilidade de instalação de terreno para fornecedores. Uma empresa desse porte vai demandar fornecedores por perto”, explicou.
Extraído de Lavras 24 horas