Ministério da Micro e Pequena Empresa
22/11/2010 09:19
Extraído de Revista INCorporativa
Nova pasta na Esplanada: Ministério da Micro e Pequena Empresa
José Eduardo Dutra confirma a criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa, uma das promessas de campanha da presidente eleita, Dilma Rousseff
20/11/2010 - Ivan Iunes e Tiago Pariz
A composição da Esplanada dos Ministérios no governo Dilma Rousseff terá uma nova pasta: a da Micro e Pequena Empresa, que será comandada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Alessandro Teixeira. A notícia da criação do novo ministério foi confirmada por um dos coordenadores da transição, o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Já o nome do futuro ministro, que era o mais cotado para o posto desde o fim das eleições, também foi chancelado por parlamentares do PT.
Ontem, Dilma participou da reunião da Executiva Nacional do partido no Centro de Convenções Brasil XXI, às 10h.
O presidente do PT veio ontem a público afastar qualquer hipótese de outras pastas serem criadas ou de fusão dos atuais ministérios a partir de janeiro. Na campanha presidencial, Dilma havia prometido criar a pasta para as micro e pequenas empresas. “Isso (a criação do órgão) não é em função de acomodar aliados, mas porque se constatou no programa que esse ministério é fundamental”, justificou Dutra. O futuro ministro da Micro e Pequena Empresa ganhou espaço dentro do círculo próximo a Dilma a partir da campanha presidencial, quando foi o responsável por redigir o programa da candidata voltado para o setor. Discreto, acabou cavando a nomeação para a futura pasta.
Desentendimentos
Atual suplente do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Dutra confirmou a criação do ministério durante um encontro com senadores do PT. Ele tentava apaziguar os desentendimentos recentes da bancada com o PMDB, em especial pela criação do blocão capitaneado pelo aliado na Câmara dos Deputados. Na saída do encontro, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que ele e Dutra estarão à frente das costuras com aliados na Casa. Eleitos em outubro, os futuros senadores Wellington Dias (PT-PI) e José Pimentel (PT-CE) também participarão das negociações. O partido já fechou negociação para compor um bloco com PSB, PCdoB, PR e PRB. O PDT também poderia entrar no grupo.
Com a costura, a composição teria mais senadores do que o PMDB, mas Mercadante garante que a legenda não utilizará o acordo para pleitear a Presidência do Senado. A intenção inicial só poderia ser modificada caso o PMDB não respeite a proporcionalidade na Câmara (leia mais na página 7). “Temos um princípio de respeito à proporcionalidade. No Senado, a Presidência caberia ao PMDB. Achamos que na Câmara a Presidência deveria ser do PT, por ter a maior bancada. Se houver alguma alteração nesse quadro, queremos dialogar também no Senado”, avisou Mercadante.
ASN/Correio Braziliense