Ministro diz que dar trabalho a jovens é melhor que reduzir maioridade penal

Ministro diz que dar trabalho a jovens é melhor que reduzir maioridade penal

Criado em 17/06/15 13h02
Por Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil  Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse hoje (17) que a ampliação do acesso de jovens ao mercado de trabalho é melhor do que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, que está sendo discutida no Congresso Nacional.

“Acredito que, muito melhor que a redução da maioridade, é trabalharmos na prevenção, permitindo dar oportunidade ao nosso jovem adolescente para sair do mundo crime e entrar no mundo do trabalho. A escola do trabalho, ao lado da escola [convencional], sempre foi uma grande escola, todo mundo que começou aos 14 anos deu exatamente o passo inicial de carreiras de sucesso”, disse o ministro, durante a cerimônia para comemorar a marca de 5 milhões de microempreendedores individuais (MEIs), alcançada em junho.

Afif defendeu um “grande mutirão” para que as micro e pequenas empresas contratem adolescentes por meio da Lei do Aprendiz.

Criado há cinco anos, o MEI é uma iniciativa de formalização e inclusão econômica e social para pequenos empreendedores, com regras simplificadas e redução de carga tributária. Para ter direito às regras diferenciadas, o empreendedor tem que ter faturamento de até R$ 60 mil por ano.

Afif atribuiu o aumento da formalização nos últimos anos principalmente à redução de 11% para 5% dos encargos previdenciários para os inscritos no programa. “A proposta é simplificar, desburocratizar. Quando todos pagam menos, o governo arrecada mais. Esse deve ser o conceito: aumentar a base de tributação e não aumentar o tributo”.

Dados da secretaria indicam que 52% dos empreendedores formalizados no programa são homens e 48%, mulheres. A maioria está no setor de serviços (42,1%), seguida do comércio (36,6%) e da indústria (11,6% dos inscritos no programa).

Mais da metade dos microempreendedores individuais estão na Região Sudeste, que concentra 50,6% do total. O Norte tem apenas 5,7% dos inscritos. Cerca de 20% são da Região Nordeste; 14,8%, do Sul e 9%, do Centro-Oeste.

Mais de 500 atividades podem ser incluídas no MEI, entre as quais comércio varejista de acessórios e vestuário, cabeleireiros e trabalho na construção civil, que lideram o ranking de inscritos.

Segundo Afif, cerca de 500 mil beneficiários do Bolsa Família deixaram o programa e se inscreveram no MEI.

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, disse que os principais desafios do programa são a capacitação e a inclusão produtiva dos microempreendedores e que a instituição já tem programas voltados especialmente para esse público. "Quem não tem acesso à capacitação fica fora do mercado. O Sebrae defende que inovação é transversal, não importa se é grande empresa ou MEI. O MEI também precisa se desenvolver."

Editor Juliana Andrade
Agência Brasil

Notícias

Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa

Caso de divórcio Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa Homem alegou que se casou sem saber de problema psiquiátrico, mas juíza não viu requisitos do CC para anulação. Em vez disso, concedeu o divórcio. Da Redação segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025 Atualizado às...

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...