Pagar imposto de uma vez é melhor do que aplicar o dinheiro

Pagar imposto de uma vez é melhor do que aplicar o dinheiro

10 de dezembro de 2012 07:170

Desconto para quem não parcela IPVA e IPTU supera com folga os ganhos em aplicações financeiras seguras

Yolanda Fordelone, de Economia & Negócios

Pagar contas do começo de ano à vista nunca foi tão indicado como agora. Os descontos superam de longe o juro oferecido nos investimentos. Entre os tributos, o maior desconto em São Paulo é o do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de 6%. Nos gastos com material escolar, em que o consumidor pode negociar preços, o abatimento pode chegar a 20%, dizem especialistas. Se deixasse o dinheiro guardado, raramente o consumidor obtém ganho acima disso, devido ao juro baixo.

“Se a pessoa economizou e tem uma reserva, não dá mais para guardar o dinheiro agora no começo do ano para parcelar. Pegar os descontos oferecidos nos impostos é como emprestar dinheiro ao governo a 10%”, diz o professor do Insper, Liao Yu Chieh, ao referir-se ao caso do Rio de Janeiro, em que o desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é de 10%, segundo porcentuais da última cobrança, em janeiro (veja infográfico).

Segundo Liao, se o imposto fosse parcelado em três vezes, seria indicado aplicar o recurso em um produto que rendesse 1,7% no período, já líquido de Imposto de Renda, algo que ele acredita ser difícil entre aplicações como poupança e fundos de renda fixa. A caderneta, por exemplo, não tem alcançado 0,5% por mês.

Uma das recomendações é aproveitar a segunda parcela do 13º salário, a ser paga dia 20, para pagar as contas em janeiro. “No Natal, as pessoas se empolgam e já começam o ano endividadas. O indicado é primeiro reservar dinheiro para os compromissos e gastar com presentes o que sobrar”, diz o especialista em educação financeira Janser Rojo, da QI Financeiro Consultoria.

O consultor de empresas na área industrial Ronaldo Lorente, de 55 anos, afirma que quase sempre paga as contas dessa época à vista. “Tenho um imóvel em que o IPTU é de pouco mais de R$ 200. Às vezes, é mais difícil se programar pra parcelar esse valor tão baixo do que pagá-lo à vista. Só deixo de pagar os impostos à vista se tenho alguma dificuldade financeira”, diz. “Sempre comparo com o que meus investimentos estão rendendo, mas hoje em dia está muito difícil algo que compense os descontos”.

Nas demais contas, como livros e material escolar, em que o desconto depende da negociação do cliente, o primeiro passo é pesquisar preços. “Não adianta conseguir bom desconto se a loja é uma das mais caras do mercado. O segredo é pesquisar e selecionar as três mais baratas. Um lugar não vai dar desconto nenhum, outro vai dar 5% e um terceiro, 20%”, diz o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

 

Extraído de Notícias Fiscais

Notícias

Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa

Caso de divórcio Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa Homem alegou que se casou sem saber de problema psiquiátrico, mas juíza não viu requisitos do CC para anulação. Em vez disso, concedeu o divórcio. Da Redação segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025 Atualizado às...

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...