Projeto amplia licença maternidade para seis meses

Deputados apresentam projeto que amplia licença maternidade para seis meses

19/09/2012

Os deputados estaduais Eduardo Farias (PC do B), José Luis Tchê (PDT) e Eber Machado (PSDC) apresentaram, na sessão desta quarta-feira, 19, projeto de lei que amplia a licença maternidade para servidores públicos civis e militares de 120 para 180 dias. O mesmo projeto aumenta a licença-adoção para quatro meses e da licença paternidade para 15 dias, ambos para servidores civis e militares.


A inclusão dos servidores militares atendeu um pedido do deputado estadual Wherles Rocha (PSDB).

A defesa do projeto na tribuna foi feita pelo deputado Eduardo Farias com base em estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A ampliação da licença maternidade já é lei em 20 Estados e em aproximadamente 200 municípios. Segundo Eduardo Farias, a medida é mais do que justificável quando se tem conhecimento de que até os seis meses de vida o cérebro do bebê cresce dois gramas por dia, enquanto dos seis meses e até os três anos de idade o crescimento é de apenas 0,35 gramas.

“Este ritmo de desenvolvimento jamais será alcançado em outra fase da vida, sem falar na segurança e autoconfiança transmitida por esta ligação estreita entre mãe e filho”, argumentou Eduardo Farias. “Portanto, os seis primeiros anos de vida são decisivos e insubstituíveis para o crescimento e diferenciação do cérebro do novo ser”, ressaltou.

Além de propiciar um desenvolvimento físico e mental mais saudável, segundo Eduardo Farias, a prorrogação da licença para as mães poderem ficar mais tempo com seus bebês tem reflexo também nos custos da saúde pública do Brasil. “O leite materno é uma verdadeira vacina, capaz de prevenir males como pneumonia, diarréia e doenças alérgicas, reduzindo em até 17 vezes as chances de a criança ter pneumonia; em 5,4 vezes a incidência de anemia e em 2,5 vezes a possibilidade de diarréia.


Com isso, em médio prazo, a tendência é o Estado gastar menos com a hospitalização da criança”, afirmou.

Eduardo citou dados da SBP que indicam que o Sistema Único de Saúde gasta anualmente cerca de R$ 400 milhões apenas com internações de crianças com pneumonia. “Nesse sentido, a não ampliação da licença maternidade e paternidade irá contra o clamor público e no sentido contrário à evolução humana”, argumentou o parlamentar.

 

Extraído de JusCLip

Notícias

Alteração do Código Civil: a posição do cônjuge na sucessão patrimonial

Herança Alteração do Código Civil: a posição do cônjuge na sucessão patrimonial Anteprojeto prevê a exclusão do cônjuge e do companheiro no rol de herdeiros necessários Gabriel Grigoletto Martins de Souza, Marianna Santos Araújo 30/08/2024  05:05 Em busca do alcance de maior flexibilidade no...

Juiz penhora 50% dos presentes de casamento de devedor

Se deu mal Juiz penhora 50% dos presentes de casamento de devedor A medida foi adotada para garantir o pagamento de uma dívida pendente, dado que o executado, apesar de ostentar um elevado padrão financeiro, não cumpriu suas obrigações judiciais. Da Redação terça-feira, 27 de agosto de...

Troca de primeiro nome por apelido não depende de constrangimento ou vexame

SOCIALMENTE CONHECIDO Troca de primeiro nome por apelido não depende de constrangimento ou vexame Danilo Vital 20 de agosto de 2024, 13h51 “O distanciamento entre o nome civil e o nome social, por si só, é capaz de causar constrangimento”, afirmou a ministra ao votar pelo provimento do recurso...

Falta de prova de constituição em mora impede expropriação de imóvel

LEILÃO CANCELADO Falta de prova de constituição em mora impede expropriação de imóvel Paulo Batistella 20 de agosto de 2024, 9h53 A cliente alegou que o banco credor no caso se negou a receber o valor relativo à dívida dela sob o argumento de que a consolidação da propriedade já estava em...