Senadores defendem novos mecanismos para fortalecer atuação da Embrapa

 

08/08/2013 - 17h00 Comissões - Agricultura - Atualizado em 08/08/2013 - 17h05

Senadores defendem novos mecanismos para fortalecer atuação da Embrapa

Iara Guimarães Altafin

Reconhecida por seu papel na modernização e desenvolvimento da agricultura brasileira, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) hoje precisaria de novos mecanismos para reconquistar espaço no mercado competitivo e globalizado do agronegócio, na avaliação do senador Blairo Maggi (PR-MT) e da senadora Ana Amélia (PP-RS).

Durante audiência pública nesta quinta-feira (8) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), Blairo Maggi reconheceu que a Embrapa foi responsável por colocar o Brasil “no mapa da agricultura” no mundo, mas observou que a estatal precisa de mudanças em sua estrutura.

Ele defendeu a aprovação do PLS 222/2008, que permite a abertura de capital da empresa e cria uma subsidiária, a EmbrapaTec. Também Ana Amélia manifestou apoio ao projeto, que visa dinamizar a relação da Embrapa com o setor produtivo e ampliar sua atuação nos mercados de inovação tecnológica.

O projeto já foi aprovado pela CRA e pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e está em exame na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), onde é relatado por Blairo Maggi.

Transgênicos

Na audiência pública, que discutiu os impactos da concentração no mercado de sementes, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) disse que o país deve superar o preconceito em relação aos transgênicos e buscar mecanismos para conviver com essa concentração de mercado.

– Regulação deve ser nossa obcessão – disse, ao defender a ampliação de conselhos de negociação, que atuariam como fóruns para favorecer o entendimento entre os diferentes atores do agronegócio e gerar constrangimentos para aqueles que usam práticas abusivas.

Também Blairo Maggi considerou necessário desmistificar o uso de material geneticamente modificado na agricultura, mas ponderou que o mercado não pode ficar nas mãos de três ou quatro grupos. No debate, ele cobrou regulação para evitar a prática de controle de mercado adotada por grandes grupos.

Conforme explicou, uma grande empresa, para ceder sua tecnologia para multiplicação por um produtor de semente, exige que ele destine 70% ou 80% de sua área para produzir sementes desse grande grupo, o que reduz a oferta de outras tecnologias do mercado.

– Em Mato Grosso já acontece isso. Em alguns momentos, o produtor procura semente de não transgênico e não acha, pois o sementeiro não conseguiu fazer, porque o contrato que tem com as grandes no setor o obrigou a ter um volume pequeno [de semente convencional] – contou.

 

Agência Senado

 

Notícias

Valor Investe: Seu imóvel vai ganhar um 'CPF': veja o que muda a partir de 2026

Valor Investe: Seu imóvel vai ganhar um 'CPF': veja o que muda a partir de 2026 Por Yasmim Tavares, Valor Investe — Rio 02/12/2025 06h30  Atualizado há 4 dias A implementação do CIB acontecerá de forma escalonada: capitais e grandes municípios terão até agosto de 2026 para atualizar seus...

Juíza condena filho a pagar pensão alimentícia a mãe idosa

Terceira idade Juíza condena filho a pagar pensão alimentícia a mãe idosa 3 de dezembro de 2025, 8h24 Ele apresentou uma oferta de 11% de seus rendimentos líquidos em caso de vínculo empregatício formal e de um terço do salário mínimo se estiver desempregado. Prossiga em Consultor...

CNJ permite que idosos escolham quem cuidará da sua saúde e patrimônio

CNJ permite que idosos escolham quem cuidará da sua saúde e patrimônio Procedimento exige visita ao cartório ou uso da plataforma digital O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou regra que permite a idosos e pessoas com deficiência escolher quem cuidará de sua saúde e patrimônio caso se tornem...

Indisponibilidade do bem de família: reflexos da decisão do STJ

Opinião Indisponibilidade do bem de família: reflexos da decisão do STJ Maria Helena Bragaglia Maria Aparecida Gonçalves Rodrigues Julia Pellatieri 30 de novembro de 2025, 7h01 A morte do devedor não retira, automaticamente, a qualidade do bem de família e, como tal, a sua impenhorabilidade, se...