Tarifas bancárias devem ser mais bem conhecidas e acompanhadas pelos clientes
16/11/2011 08:40
Brasília - As tarifas bancárias, fonte de receita para os bancos e, muitas vezes, motivo de reclamações por parte dos correntistas, devem ser mais bem conhecidas e acompanhadas pelos clientes, na avaliação da especialista em defesa do consumidor da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), Renata Reis.
Especialista em defesa do consumidor alerta clientes bancários a fazer pesquisa sobre tarifas e pacotes de serviços
15/11/2011 - 11h29
Economia
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As tarifas bancárias, fonte de receita para os bancos e, muitas vezes, motivo de reclamações por parte dos correntistas, devem ser mais bem conhecidas e acompanhadas pelos clientes, na avaliação da especialista em defesa do consumidor da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), Renata Reis.
Para pagar somente pelos serviços de que realmente precisa, Renata orienta o consumidor a definir quais são os mais utilizados, como saques e débitos, e quantas operações são realizadas por mês. Assim, o consumidor tem como escolher o melhor pacote de acordo com o seu perfil.
Outra dica da especialista do Procon é pagar no mesmo momento, no caixa, as contas como água, luz e telefone. Assim, será realizado um único saque para o total do débito. Ela alerta para o consumidor que ainda não iniciou o relacionamento comercial com o banco a não esquecer de pesquisar entre as instituições financeiras qual oferece o serviço mais adequado ao seu perfil e os preços cobrados. Ela lembra que a regra, instituída pelo Banco Central (BC), para que as tarifas cobradas pelos bancos tenham a mesma nomenclatura, facilita a pesquisa.
Para os consumidores que já têm relacionamento com um banco, a orientação é procurar informações sobre o pacote de serviço utilizado e sobre os outros disponíveis no banco e escolher o mais adequado. “O consumidor deve exigir esclarecimentos, detalhes sobre o pacote”, aconselha.
A especialista do Procon lembra ainda dos serviços que não podem ser cobrados pelos bancos, como até quatro saques no guichê de caixa ou em terminal de autoatendimento, duas transferências entre contas do mesmo banco e até dois extratos, por mês, por exemplo. No site do BC, é possível conferir outras situações em que não podem ser cobradas tarifas e conhecer melhor as regras que os bancos devem seguir, definidas em 2008.
Quando as regras não são cumpridas pelos bancos, a orientação de Renata Reis é tentar, inicialmente, resolver o problema com o serviço de atendimento ao cliente da instituição. Se mesmo assim não houver solução, o cliente deve procurar o Procon e o BC.
As reclamações que chegaram ao BC relacionadas a tarifas bancárias, em setembro, lideram o ranking no caso específico de cobrança por serviços não contratados (237 do total de 1.271). Mas, na lista do BC, as tarifas aparecem em outras situações como as relacionadas a cartões de crédito, a serviços essenciais e a boletos, por exemplo.
Os lucros dos três maiores bancos do país com prestação de serviços e tarifas bancárias somou quase R$ 38 bilhões, de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados nos balanços contábeis do Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, referentes ao terceiro trimestre. Em relação a igual período do ano passado, quando o lucro com essas receitas chegou a R$ 34,1 bilhões, o crescimento foi 11,4%.
Edição: Lana Cristina
Agência Brasil