TRF2 nega a jurisdicionada pensão por morte

TRF2 nega a jurisdicionada pensão por morte que já é dividida entre duas outras mulheres

O reconhecimento de união estável como núcleo familiar depende da exclusividade no relacionamento. Assim entendeu a Sétima Turma Especializada do TRF2, negando a apelação de uma cidadã, que pretendia receber pensão por morte de um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Segundo informações do processo, a pensão do funcionário público já é rateada entre a sua ex-esposa e a concubina com quem ele viveu desde que se divorciara até a data do seu falecimento. A autora da ação ajuizada na Justiça Federal do Rio de Janeiro alegou que também teria direito à pensão por ter convivido maritalmente com o funcionário público por 17 anos. Para isso, juntou ao processo provas, como declarações do síndico e de vizinhos do prédio onde mora. O pedido foi negado em primeira instância e, por conta disso, ela apelou ao Tribunal.

Para a segunda instância, ficou comprovado nos autos que o relacionamento da autora da causa com o falecido se deu pela mesma época em que ele vivia com a companheira. O relator do processo, desembargador federal Reis Friede, ponderou que, além do objetivo comum de constituir família, da convivência pública, contínua e duradoura, é necessário que o instituidor da pensão não mantenha outro núcleo familiar: “A existência e manutenção de outra união não permite que qualquer outro relacionamento, surgido à margem dela, seja estável e produza os efeitos jurídicos da união estável”, explicou o magistrado.

 

Clique aqui para ler o inteiro teor da decisão publicada em 25/02/2013

 

Proc. 0010314-26.2006.4.02.5101

 


Fonte: TRF2
Publicado em 28/02/2013
Extraído de Recivil

 

Notícias

Artigo - É necessário adotar o sobrenome do cônjuge no casamento civil?

Artigo - É necessário adotar o sobrenome do cônjuge no casamento civil? Não é necessário alterar o sobrenome do cônjuge no casamento civil. Esse ato tem como motivação unicamente a vontade expressa das partes. Dito isso, lembre-se de que conhecimento é importante em qualquer fase da vida. O...

Maioria de divórcios de SP deve passar a ser feita em cartórios

BRAÇO JUDICIAL Maioria de divórcios de SP deve passar a ser feita em cartórios 2 de setembro de 2024, 11h48 “Essa decisão é muito importante para a sociedade brasileira e, principalmente, para os cidadãos. As escrituras públicas de inventários, divórcios e partilhas podem ser feitas online pela...

Alteração do Código Civil: a posição do cônjuge na sucessão patrimonial

Herança Alteração do Código Civil: a posição do cônjuge na sucessão patrimonial Anteprojeto prevê a exclusão do cônjuge e do companheiro no rol de herdeiros necessários Gabriel Grigoletto Martins de Souza, Marianna Santos Araújo 30/08/2024  05:05 Em busca do alcance de maior flexibilidade no...

Juiz penhora 50% dos presentes de casamento de devedor

Se deu mal Juiz penhora 50% dos presentes de casamento de devedor A medida foi adotada para garantir o pagamento de uma dívida pendente, dado que o executado, apesar de ostentar um elevado padrão financeiro, não cumpriu suas obrigações judiciais. Da Redação terça-feira, 27 de agosto de...