"Viver Bem"

Para pessoas com deficiência, desafio do governo é transformar decreto em ações práticas

25/12/2011 - 17h37
Cidadania Nacional
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Para cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência no país, o principal desafio do governo federal em 2012 é garantir que o Plano Viver Bem - que fixa metas que asseguram mais qualidade de vida para essas pessoas - seja transformado em ações concretas. O secretário nacional da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, disse à Agência Brasil que as medidas dependem de uma ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal e a sociedade.

“O nosso desafio é tirar do papel e por em prática as ações previstas no plano. As pessoas com deficiência precisam de equiparação de oportunidades. Para isso, é necessário que todos cooperem. As garantias da preservação de direitos e oportunidades envolvem o conjunto da sociedade e não apenas uma parcela”, disse Ferreira. “Estamos falando de 23,9% da sociedade brasileira, segundo dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística].”

Ao defender a execução das metas do plano, Ferreira lembrou as dificuldades que passa diariamente. Deficiente visual desde criança, o secretário disse que todos os dias tem de superar barreiras. “Por isso, nós não falamos em deficiências mais severas ou mais leves. São deficiências e temos de ter condições de superá-las”, acrescentou.

Em novembro, a presidenta Dilma Rousseff e a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, lançaram o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência – que passou a ser chamado de Viver Bem.

No plano, há uma série de medidas estabelecendo o acesso das pessoas com deficiência aos direitos básicos - como ao mercado de trabalho e à mobilidade urbana. As ações do programa estão em três eixos - educação, saúde e proteção social. As ações são definidas por setor para que todos os ministérios e órgãos públicos atuem pela consolidação das políticas destinadas a essas pessoas.

De acordo com Ferreira, o plano garantiu a conquista de assegurar recursos no Orçamento Geral da União em todas as áreas para as ações destinadas aos programas destinados às pessoas com deficiência. Segundo ele,  também assegura a participação de organizações não governamentais (ONGs) desde que estejam conveniadas.

Para o secretário, o Brasil, apesar dos desafios que têm de enfrentar, fez conquistas que considera “históricas”. Ele lembrou que o país ocupa o primeiro lugar na América do Sul em políticas destinadas às pessoas com deficiência, tendo como carro-chefe o chamado benefício continuado – por meio do qual as consideradas carentes recebem um salário mínimo (R$ 545). De acordo com Ferreira, cerca de 2 milhões de cidadãos recebem o benefício.

Ferreira disse também que o plano é o principal responsável pela consolidação das políticas públicas para as pessoas com deficiência. Antes, eram ações pulverizadas e nem sempre os coordenadores se comunicavam. “Com o plano foi implantado o viés da integração”.

 

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil

Notícias

STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos

09/03/2011 - 16h06 DECISÃO STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que reconheceu a união estável, pelo período de 18 anos, de um casal cujo homem faleceu, bem como a partilha dos bens...

Pedido de justiça gratuita pode ser feito a qualquer tempo

Extraído de Veredictum Pedido de justiça gratuita pode ser feito a qualquer tempo by Max De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, o pedido de concessão do benefício da justiça gratuita pode ser feito pela parte a qualquer momento ou grau de jurisdição. Quando for solicitado...

Trabalhador retirou-se da audiência porque calçava chinelos de dedos

  Indenização para trabalhador que, calçando chinelos, foi barrado em audiência (04.03.11) Um dia depois da matéria de ontem (3) do Espaço Vital sobre exigências formais (gravata, paletó e calçados) para participar de atos judiciais, surge a notícia de que a União foi condenada a reparar o...

Não é possível reconhecer uniões estáveis paralelas

23/02/2011 - 14h21 STJ decide que é impossível reconhecer uniões estáveis paralelas A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça admitiu que não é possível reconhecer uniões estáveis paralelas entre um funcionário público aposentado do Rio Grande do Sul e duas mulheres, com as quais manteve...