Aloysio Nunes e Cristovam querem recursos do pré-sal investidos em educação e tecnologia

22/09/2011 - 20h50

Enquanto governo federal, governadores e parlamentares continuam discutindo um novo modelo de partilha dos recursos do petróleo entre os entes federados, projeto apresentado nesta semana no Senado visa garantir que uma parte significativa dos royalties da exploração na camada do pré-sal seja destinada à educação básica e à inovação tecnológica.

De autoria dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 594/11 cria o Fundo do Petróleo para Formação de Poupança, Educação Básica e Inovação (Funpei), com recursos arrecadados com a exploração do petróleo, gás e hidrocarbonetos fluidos extraídos sob o regime de partilha, ou sob o regime de concessão na área do pré-salEntenda o assunto ,  e em áreas ainda não contratadas.

Pelo projeto, o Funpei seria administrado pelo Executivo, por meio de um comitê específico composto por ministros de Estado. O texto ainda determina que dois terços dos rendimentos dos recursos do fundo sejam investidos em educação básica e um terço em inovação tecnológica. Se as projeções de exploração se confirmarem, o fundo poderá contar com recursos de R$ 40 bilhões em 2020. A destinação dos rendimentos obedecerá a critérios como o número de matrículas, o desempenho dos alunos e sua evolução escolar.

Na justificativa do projeto, os autores argumentam que o Brasil apresenta um desempenho ruim em relação à educação básica e à inovação tecnológica. Em diversos indicadores, como escolaridade média, índices de evasão e desempenho de alunos em exames, o Brasil tem resultados piores do que muitos de seus vizinhos latino-americanos.

- Os países que se desenvolveram aplicaram sempre em educação. Por isso, queremos usar este recurso para políticas de longo prazo na educação de base - afirmou o senador Aloysio Nunes.

O senador Cristovam Buarque defendeu a proposta, nesta quinta-feira (22), em discurso no Plenário. Ele esclareceu que o projeto não implicará quebra de acordos existentes porque só envolve áreas ainda não contratadas. Segundo Cristovam, também não haverá perda de arrecadação , e em áreas ainda não contratadas.

para os entes federados. Para o senador, investir em educação básica e tecnologia é uma forma de o Brasil tornar perenes os recursos provenientes do petróleo, que são finitos.

Tércio Ribas Torres / Agência Senado

Notícias

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...