Aplicações em ciência e tecnologia podem ajudar país a sair da crise

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, defende mais investimentos para o setor, na abertura da reunião da SBPC, em São Carlos (SP). Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aplicações em ciência e tecnologia podem ajudar país a sair da crise, diz Rebelo

13/07/2015 21h50  São Carlos (São Paulo)
Maiana Diniz - Repórter da Agência Brasil  Edição: Stênio Ribeiro

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, defendeu hoje (13), em  São Carlos, São Paulo, a importância da ciência e da tecnologia como ferramentas para a solução dos problemas do país nas mais diversas áreas, como defesa, agricultura e infraestrutura. Segundo ele, é fundamental que se entenda que a pesquisa é o único caminho para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

O ministro avalia que o investimento em inovação, que é a ciência e a tecnologia aplicada, pode ajudar o país a superar a crise econômica, pois aumenta a competitividade das empresas brasileiras e aumenta a geração de impostos. “Apoiando-se a ciência e o desenvolvimento tecnológico na indústria e no setor de serviços, o país ganha competitividade. Ou seja: as empresas geram mais empregos, têm lucro e geram tributos. Assim poderão ter participação no mercado mundial compatível com a importância do Brasil”, avaliou.

Em São Carlos, interior de São Paulo, para a abertura da 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Aldo Rebelo disse que acha um equívoco que a ciência tenha sido retirada do texto de regulamentação do fundo social do pré-sal, no Congresso Nacional, que destinou metade dos recursos para saúde e educação. “Não vejo como fazer educação e saúde sem ciência”, declarou, dizendo que a pesquisa científica é fundamental para “todas as áreas”.

Rebelo defendeu o aumento dos investimentos públicos e privados no setor e a inclusão do tema na regulamentação dos 50% restantes dos recursos do fundo social do pré-sal. Ele também anunciou a entrega, em breve, de uma proposta construída com as principais instituições científicas do país para uso de parte desse fundo à presidenta Dilma Rousseff.

Na instalação da programação científica da reunião da SBPC, o ministro recebeu um documento dos estudantes da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) pedindo a manutenção de investimentos em pesquisas que, segundo eles, ficaram comprometidas pelo corte de quase R$ 2 bilhões no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Rebelo avaliou que os cortes no setor são passageiros e que os principais programas não foram comprometidos. Segundo ele, a prioridade do ministério é recompor o orçamento da União e dos estados, buscando fontes externas para garantir os recursos.

Segundo o ministro, o Brasil tem aumentado os investimentos no setor. Na sua avaliação. os recursos destinados à ciência mostram curva ascendente nos últimos 15 anos, no país. Atualmente, acrescentou que o Brasil passa por um momento de contração de recursos, "mas isso é passageiro“, acredita.

O ministro reconheceu que o fato de o Brasil, sétima economia do mundo, não responder nem por 2% da publicação científica mundial não é bom, mas ressalta que nos últimos anos o país avançou muito. “Deve ser levado em conta nosso passado recente. Se isso for feito, o Brasil avançou bastante. A nossa posição em geral é essa, mas em algumas áreas temos mais destaque“, afirmou.

Agência Brasil

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Brasileiros têm interesse por ciência, mas pouco acesso ao tema, mostra pesquisa

13/07/2015 21h13  São Carlos (São Paulo)
Maiana Diniz - Repórter da Agência Brasil  Edição: Stênio Ribeiro

O primeiro dia da 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sediada este ano na Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo, foi de muito movimento e com público diversificado, formado por pesquisadores, professores, estudantes e curiosos de todas as idades.

Os auditórios e exposições lotados confirmam o resultado da pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil, divulgada hoje (13) pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. O levantamento, feito pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), mostra que os brasileiros têm grande interesse pelo assunto. De acordo com a pesquisa, 73% dos brasileiros acreditam que ciência e tecnologia trazem mais benefícios do que malefícios para a humanidade.

Apesar de o interesse ser grande, os brasileiros alegam ter pouco acesso à informação científica. Pela pesquisa, somente 6% dos entrevistados lembram-se do nome de algum cientista brasileiro e apenas 12% lembram-se do nome de instituições de pesquisa.

Para o  presidente da Academia Brasileira de Ciência, Jacob Palis, a difusão científica deve passar também pela criação de celebridades. Ele citou como exemplo o cientista Artur Ávila, 37 anos, o primeiro matemático do hemisfério sul, formado no hemisfério sul, a ganhar a medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel de Matemática. "Temos que por o foco nele. Se não tivermos heróis, fica difícil. A sociedade está muito distraída, precisa de referências“, salientou.

A presidente da SBPC, Helena Nader, concorda. Para ela, assim como os ídolos do esporte motivam novos atletas, na área científica precisa acontecer o mesmo. “Se a gente conseguir romper essa barreira, os jovens podem querer ser cientistas e professores“, avaliou.

A pesquisadora Ana Carolina Zeri, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), explica, em um dos estandes da Expo C&T, sobre as aplicações da luz na ciência – uma das principais atrações da reunião de São Carlos. Ela trabalha com ressonância magnética nuclear, técnica usada para determinar a estrutura de moléculas e que tem aplicações.

Ana Carolina atua na organização não governamental (ONG) Anhumas-Quero-Quero, apresentando a ciência para crianças de baixa renda, em um laboratório montado no Parque Ecológico de Campinas, e fala dos efeitos do conhecimento nas pessoas. Ela diz que quase todos ficam encantados com os microscópios. "Ver um pouquinho de água parada com um monte de bicho, por exemplo, abre a cabeça. As crianças mudam a visão de mundo e passam a ter outras ideias“, destacou.

Ela acredita que além de despertar a vontade de ser cientista, a proximidade com a ciência ajuda a formar o pensamento crítico e a fazer boas escolhas. Essa alfabetização científica, segundo ela, é importante na hora do voto e de apoiar, ou não, uma nova tecnologia na área de saúde ou energia, por exemplo. "Também conta para saber discutir questões importantes e tornar-se um cidadão melhor”, acrescentou.

Agência Brasil

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