Câmara aprova urgência para proibição de casamento de menores de 16 anos

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Plenário aprovou urgência para dois projetos na sessão desta segunda-feira

26/03/2018 - 22h29    Atualizado em 26/03/2018 - 22h53

Câmara aprova urgência para proibição de casamento de menores de 16 anos

Deputados também aprovaram o regime de urgência para projeto que permite folga remunerada do trabalho aos avós, por cinco dias, após o nascimento de neto sem pai declarado. Ainda não há data prevista para votação das propostas

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (26) o regime de urgênciapara dois projetos de lei em tramitação na Casa. Um deles proíbe, em todos os casos, o casamento de menores de 16 anos (Projeto de Lei 7119/17). O outro permite que avós tenham folga remunerada do trabalho por cinco dias após o nascimento de neto sem pai declarado (Projeto de Lei 5996/16).

Após a aprovação das urgências, a Ordem do Diafoi encerrada sem a análise do mérito de outras matérias. Não houve acordo para deliberações depois que o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), vice-líder do partido, criticou a aprovação das urgências e pediu a verificação das votações pelo sistema nominal.

“Há muitas matérias que são votadas de afogadilho, sem discussão alguma. Essas matérias precisam passar pelas comissões antes do Plenário”, disse Rocha.

Hildo Rocha afirmou que é contrário ao casamento infantil, mas disse que não há motivo para a votação em regime de urgência da proposta. “Cada vez que o Estado impõe regras às famílias, nós estamos tirando a liberdade de escolha das famílias”, criticou. "Para que essa pressa de trazer para o Plenário?", questionou.

Já em relação à folga remunerada para avós, Rocha argumentou que a proposta pode aumentar o custo das empresas. “Esse projeto aumenta demais o custo Brasil. Não se ouve nem o microempreendedor, que vai ter que pagar cinco dias de trabalho para o avô”, disse Rocha.

Já as deputadas Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) e Pollyana Gama (PPS-SP) rebateram os argumentos de Rocha. Segundo elas, não haverá aumento de custos para as empresas, porque o benefício é o mesmo que seria pago ao pai da criança.

Acordo
O deputado Carlos Manato (SD-ES), que presidiu os trabalhos, tentou um acordo com Rocha para que as urgências fossem mantidas sob o compromisso de não haver mais deliberações na noite desta segunda-feira.

Rocha, que pretendia anular as duas urgências, concordou em aceitar a aprovação desse regime, abrindo mão da votação pelo sistema nominal. “Se não pode anular as duas [urgências], pode deixar como está. Mas eu quero que registre o meu voto contra”, finalizou.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli
Agência Câmara Notícias
 

 

Notícias

Cooperativa não pode acionar em nome próprio direito de cooperados

22/06/2011 - 07h55 DECISÃO Cooperativa não pode acionar em nome próprio direito de cooperados As cooperativas não têm o poder de substituir seus cooperados em processos judiciais do interesse destes. Para a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o caráter da cooperativa, de sociedade...

Não é inconstitucional a proibição de uso de cigarro pelo Município

Não é inconstitucional a proibição de uso de cigarro pelo Município 21 de junho de 2011, às 16h34min Por João Batista Santafé Aguiar, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul O Órgão Especial do TJRS decidiu nesta segunda-feira, 20/6, que não é inconstitucional a proibição no território do...

Reconhecida união estável de homem com esposa e amante

Extraído de Recivil Juiz reconhece união estável de homem com esposa e amante e manda dividir pensão O juiz Antônio José de Carvalho Araújo, substituto da 19ª Vara Federal, mandou a UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) dividir a pensão por morte de um servidor entre a esposa, a amante e...

“Pink money”

17.JUN.11 - 21:00 O avanço do dinheiro rosa Decisão do Supremo Tribunal Federal valida as uniões estáveis entre casais do mesmo sexo e abre caminho para um novo - e bilionário - filão do setor financeiro brasileiro Por Juliana Schincariol Os bancos estão de olho no dinheiro cor-de-rosa. Não, nada a...

APOSENTADO PODERÁ SER ISENTO DE PAGAR TARIFAS BANCÁRIAS

Extraído de LegisCenter APOSENTADO COM MAIS DE 60 ANOS PODERÁ SER ISENTO DE PAGAR TARIFAS BANCÁRIAS 17/06/2011 13:41  O relator na comissão, deputado Luciano Moreira (PMDB-MA), apresentou uma emenda Aposentados com mais de 60 anos e que recebem até um salário mínimo poderão ser isentos de...