CCJ analisa proposta que dá a cartórios o poder de cobrar dívidas

Origem da Imgem/Fonte: Agência Senado
Foto: Geraldo Magela /Agência Senado

CCJ analisa proposta que dá a cartórios o poder de cobrar dívidas

Os cartórios poderão cobrar dívidas. É o que diz projeto de lei (PL 6204/2019) que está em análise na Comissão de Constituição e Justiça. A proposta da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) é citada pelo governo federal como uma das prioridades legislativas. Soraya calcula uma economia de pelo menos R$ 65 bilhões para os cofres públicos com a medida, além da redução do tempo médio para a recuperação do crédito.

Bruno Lourenço
21/02/2025, 13h20 - ATUALIZADO EM 21/02/2025, 14h23

Transcrição
OS CARTÓRIOS PODERÃO COBRAR DÍVIDAS. É O QUE DIZ PROJETO DE LEI QUE ESTÁ EM ANÁLISE NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. A PROPOSTA É CITADA PELO GOVERNO FEDERAL COMO UMA DAS PRIORIDADES LEGISLATIVAS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. O projeto que concede aos cartórios o poder de cobrar dívidas é da senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça. A proposta cria uma via alternativa de cobrança de créditos, na figura do agente de execução, representada pelo tabelião titular do cartório de protesto de títulos. Quando a senadora apresentou a proposta, em 2019, ela citou que apenas 14,9% dos processos de execução de dívidas na Justiça terminavam na cobrança concluída. E que essas execuções de títulos judiciais e extrajudiciais representavam quase 20% de todas as demandas no Poder Judiciário. Soraya pediu apoio para sua iniciativa. É importante que ele tramite, que ele caminhe, porque vai ser um grande marco para desafogar os nossos tribunais, e a economia que faremos será impressionante. Esse projeto de lei tem o apoio do Ministro Barroso, tem o apoio do Ministro Fux, tem o apoio da Febraban, tem o apoio do Ministro Fernando Haddad e vai simplesmente desafogar o Poder Judiciário, majoritariamente nas ações de cumprimento de sentença e nas execuções, em que não há necessidade de decisão jurisdicional. Soraya Thronicke calcula uma economia de pelo menos 65 bilhões de reais para os cofres públicos com a medida, além da redução do tempo médio para a recuperação do crédito, que era de cerca de 5 anos. Ela disse que a substituição do Judiciário pelo agente de execução é adotada com sucesso em vários países.

Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.
Fonte/Extraído de Agência Senado

                                                                                                                            

Notícias

STJ admite penhora de direito aquisitivo de imóvel do Minha Casa, Minha Vida

DEVE, TEM QUE PAGAR STJ admite penhora de direito aquisitivo de imóvel do Minha Casa, Minha Vida Tiago Angelo 12 de janeiro de 2025, 9h45 “Nesse contexto, como ainda não se adquiriu a propriedade plena do imóvel, eventual penhora não poderá recair sobre o direito de propriedade – que pertence ao...

Artigo 5º - Contratos de namoro: precaução ou burocracia?

Artigo 5º - Contratos de namoro: precaução ou burocracia? O Artigo 5º aborda o crescimento do uso dos contratos de namoro no Brasil, que registrou um aumento significativo em 2023. O programa traz a advogada Marcela Furst e a psicóloga Andrea Chaves para discutir os motivos que levam os casais a...

Imóvel como garantia: O que muda com a nova regulamentação do CMN?

Imóvel como garantia: O que muda com a nova regulamentação do CMN? Werner Damásio Agora é possível usar o mesmo imóvel como garantia em várias operações de crédito. A resolução CMN 5.197/24 amplia o acesso ao crédito imobiliário para pessoas físicas e jurídicas. domingo, 5 de janeiro de...

Câmara aprova marco legal das garantias de empréstimos

Projeto de lei Câmara aprova marco legal das garantias de empréstimos Projeto autoriza empresas a intermediar oferta de garantias entre cliente e instituições financeiras. Texto segue para o Senado. Da Redação quinta-feira, 2 de junho de 2022 Atualizado às 08:17 A Câmara dos Deputados aprovou nesta...

Defesa global do vulnerável: a dicotomia notarial entre civil law e common law

Opinião Defesa global do vulnerável: a dicotomia notarial entre civil law e common law Ubiratan Guimarães 26 de dezembro de 2024, 11h12 A atuação notarial é, então, fundamental para garantir o cumprimento desses princípios e a formalidade da escritura pública é crucial para assegurar que as partes...