Censo da Educação: sobram vagas no ensino superior público e privado
Censo da Educação: sobram vagas no ensino superior público e privado
06/10/2016 11h02 Brasília
Mariana Tokarnia e Yara Aquino - Repórteres da Agência Brasil
Das novas vagas e vagas remanescentes oferecidas nas redes pública e privada em 2015, 5,6 milhões ficaram ociosas -Arquivo/Agência Brasil
O Censo da Educação Superior mostrou que há dificuldades em preencher todas as vagas ofertadas. Das novas vagas e vagas remanescentes oferecidas nas redes pública e privada em 2015, 5,6 milhões ficaram ociosas. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Em 2015, foram oferecidas mais de 8,5 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo 72% vagas novas e 27,7%, vagas remanescentes. Das 6.142.149 novas vagas oferecidas em 2015, 42,1% foram preenchidas, enquanto apenas 13,5% das 2.362.789 vagas remanescentes foram ocupadas no mesmo período.
Isso significa que 3.556.304 das novas vagas e 2.043.812 das remanescentes não foram ocupadas, de acordo com os dados do Censo. Mesmo na rede federal, que teve maior índice de ocupação - mais de 90% das novas vagas e 27,4% das remanescentes - sobraram 116.692 vagas.
O maior índice de vagas não preenchidas está no ensino privado. Das novas vagas, 37,8% foram preenchidas e 12,8 das remanescentes, o que totaliza 5.377.580 vagas não preenchidas.
Plano Nacional de Educação
Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE) o país terá que elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida, ou seja, da população de 18 a 24 anos, para 33%. Deve assegurar a qualidade da oferta e expansão e ter pelo menos 40% das novas matrículas no segmento público. Até 2014, a taxa bruta era 34,2% e a líquida, 17,7%.
Edição: Graça Adjuto
Origem das Fotos/Fonte: Agência Brasil
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Matrículas no ensino superior passam de 8 milhões; ritmo de crescimento cai
06/10/2016 11h04 Brasília
Yara Aquino e Mariana Tokarnia - Repórteres da Agência Brasil
Em 2015, o número de estudantes matriculados na educação superior no Brasil chegou a 8.033.574. O total representa um crescimento de 2,5% em relação a 2014. Os dados são do Censo da Educação Superior 2015, divulgados hoje (6) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Das 8.033.574 matrículas, 8.027.297 estão na graduação e 6.277 em curso sequencial de formação específica. Apesar do aumento de 2,5% entre 2014 e 2015, houve desaceleração na tendência de crescimento do número de matrículas. De 2013 para 2014, o crescimento foi de 6,8%. Nos censos anteriores a 2014, os dados também haviam mostrado trajetória de desaceleração.
Os estudantes do ensino superior estão principalmente nas instituições privadas. Elas concentram 6.075.152 matrículas na graduação e 5.837 em cursos sequenciais e são maioria no país (87,5%). As instituições públicas são 12,5% e têm 1.952.145 estudantes matriculados em graduações e 440 em cursos sequenciais.
A maioria dos estudantes está matriculada em cursos de bacharelado (68,7%), seguidos pela licenciatura (18,3%) e os cursos tecnológicos (12,6%). Os cursos de graduação com maior número de estudantes matriculados em 2015 são direito, administração e pedagogia.
Em 2015, mais de 2,9 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação. Entre 2014 e 2015, houve queda no número de estudantes que ingressaram tanto na rede pública (-2,6%), quanto na privada (-6,9%). No mesmo período, o número de concluintes na rede pública diminuiu 0,8% e na rede privada houve aumento de 15,9%. Em 2015, mais de 1,1 milhão de estudantes concluíram a educação superior.
As matrículas na graduação da educação presencial (6.633.545) superam muito as da educação a distância (1.393.752). O número de alunos na modalidade a distância, no entanto, vem crescendo e representa participação de 17,4% no total de matrículas da educação superior. Entre 2014 e 2015, as matrículas nessa modalidade cresceram 3,9%.
Plano Nacional de Educação
Por lei, pelo Plano Nacional de Educação o país terá que elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida, ou seja, da população de 18 a 24 anos, para 33%. Deve assegurar a qualidade da oferta e expansão e ter, pelo menos, 40% das novas matrículas no segmento público. Até 2014, a taxa bruta era 34,2% e a líquida, 17,7%.
Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil