CNJ lança novo portal para centralizar serviços do Judiciário

Origem da Imagem/Fonte: Extraído de Migalhas
Ministro Luís Roberto Barroso no lançamento do Portal Jus.br.(Imagem: Ana Araújo/Ag. CNJ de Notícias)

Inovação

CNJ lança novo portal para centralizar serviços do Judiciário

Com interface unificada, a plataforma visa facilitar a consulta e a comunicação entre os diversos atores do sistema judicial.

Da Redação
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
Atualizado às 12:23

Começou a funcionar nesta segunda-feira, 2, o novo portal de serviços do poder Judiciário, o Jus.br. A ferramenta servirá como porta de entrada unificada para os serviços da Justiça brasileira, simplificando o acesso e a utilização desses sistemas para profissionais da área jurídica.

A novidade foi anunciada pelo presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, na abertura do 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em Campo Grande/MS.

"Nós criamos uma interface única para o usuário que vai permitir que todas as pessoas, independentemente do sistema utilizado pelo tribunal, possam consultar as peças de todos os processos em tramitação no país. Qualquer cidadão terá acesso a isso", afirmou o presidente do CNJ.

Desenvolvido no âmbito do Programa Justiça 4.0, fruto da parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o portal centraliza e integra os sistemas judiciais de tribunais brasileiros.

A iniciativa busca promover a interoperabilidade entre os sistemas, garantindo segurança, eficiência e transparência na prestação de serviços judiciais.

Claudio Providas, representante residente do PNUD no Brasil, destacou que o Jus.br é um exemplo de como a tecnologia pode ampliar o acesso à Justiça e fortalecer a cidadania.

"Ao simplificar o acesso e o uso dos sistemas para os profissionais da área jurídica, o portal aproxima ainda mais o Judiciário das necessidades da sociedade. Nesse contexto, o Programa Justiça 4.0 se mantém como uma iniciativa estratégica para o desenvolvimento do país. O portal é a 'cereja do bolo' de nossa parceria, pois só existe devido à construção contínua de capacidades de gestão, disponibilização de dados, e integração com tribunais construídas pelo projeto ao longo dos anos", disse.

Inovação e eficiência

A plataforma oferece uma interface padronizada e intuitiva, com funcionalidades como consulta processual unificada, ferramentas de busca, notificações e comunicações.

Permite também selecionar serviços favoritos e acessar sistemas dos tribunais. De acordo com o juiz auxiliar da presidência do CNJ e coordenador do Programa Justiça 4.0, Dorotheo Barbosa Neto, o projeto marca um avanço significativo na transformação digital do Judiciário.

"O Jus.br não é apenas uma inovação tecnológica, mas uma verdadeira transformação na experiência de todos que utilizam os serviços judiciais. A centralização dos serviços, a integração com sistemas existentes e o uso de inteligência artificial são medidas que prometem aumentar a eficiência e a transparência do sistema de justiça", afirmou.

O portal também simplifica o envio de documentos e a comunicação entre tribunais para magistradas, magistrados, servidoras e servidores. Essas categorias poderão realizar petições, encaminhar ofícios, cartas precatórias e efetuar o declínio de competência.

Já advogados, advogadas, membros do Ministério Público e da Defensoria Pública podem acompanhar o andamento processual em todo o país, acessar comunicações processuais pelo Domicílio Judicial Eletrônico e consultar o Diário de Justiça Eletrônico Nacional. O público geral pode utilizar a plataforma para acompanhar notícias relacionadas à Justiça brasileira.

O acesso ao sistema é realizado por meio de login único (single sign-on), permitindo a entrada com contas gov.br. Essa funcionalidade elimina a necessidade de múltiplos acessos e torna o processo mais ágil e conveniente.

O Portal de Serviços do Poder Judiciário foi instituído pela resolução CNJ 455/22, que determinou a adesão obrigatória pelos tribunais e estabeleceu diretrizes para funcionalidades como consulta unificada, peticionamento e comunicações processuais por meio eletrônico.

Programa Justiça 4.0

Lançado em 2020, o Programa Justiça 4.0 é resultado de uma parceria entre o CNJ e o PNUD, com apoio de instituições como o CJF, STJ, TST, CSJT e TSE.

O objetivo é desenvolver soluções tecnológicas que aprimorem a gestão processual, tornando os serviços judiciais mais acessíveis e eficientes para todos os atores do sistema de Justiça.

Com informações CNJ.

Extraído de Migalhas

Novo serviço monitora e avalia cumprimento de atos do CNJ pelos tribunais

Jus.br: conheça as funcionalidades do novo portal da Justiça brasileira

                                                                                                                            

Notícias

Bandeira branca

  OAB prepara a guerra, CNJ e STF ensaiam a paz Por Rodrigo Haidar   A Ordem dos Advogados do Brasil mirou no alvo errado e acertou o próprio pé. Na esteira do natural antagonismo entre o jovem Conselho Nacional de Justiça e o vetusto Supremo Tribunal Federal, que passaram a dividir um...

Caminho mais curto

  PEC sobre fim de ação em segundo grau é polêmica Por Marina Ito   Na segunda-feira (21/3), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, vai apresentar, em um evento na FGV Direito Rio, uma Proposta de Emenda Constitucional para que os processos sejam finalizados e...

Igualdade das partes

Extraído de DPU Artigo: MP ao lado do juiz viola equidistância das partes  Por Eduardo Tergolina Teixeira, Gabriel Faria Oliveira e Vinícius Diniz Monteiro de Barros    A Constituição do Brasil, em seu artigo 5º, caput e incisos LIV e LV, estabelece a igualdade das partes no curso do...

Fiança questionada

  STJ mantém fiança de pessoa diversa do contratante A fiança feita por pessoa jurídica diferente daquela que celebrou o contrato principal, e que é juridicamente válida, deve ser mantida para não tornar o principal sem efeito. Esse foi o entendimento da 2ª Turma do Superior Tribunal de...

Diplomação deve incidir sobre suplente da coligação

Quinta-feira, 17 de março de 2011 Diplomação deve incidir sobre suplente da coligação, decide Lewandowski O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu pedido de liminar apresentado por Wagner da Silva Guimarães, que pretendia assumir a cadeira do deputado federal Thiago...

Você teria sido aprovado no concurso para juiz de SC?

Fonte: www.espacovital.com.br Você teria sido aprovado no concurso para juiz de SC? (15.03.11)    Os leitores foram convidados a testar seus conhecimentos. Hoje, este saite repete, nesta páginas, quatro das mais complicadas (ou curiosas) perguntas, e já destaca em azul quais as...