Começa maratona de hackers na Câmara com debate entre participantes

24/11/2014 - 18h15Atualizado em 25/11/2014 - 12h11

Começa maratona de hackers na Câmara com debate entre participantes

Dos 165 inscritos de todo o País, 47 participantes foram selecionados. Eles estão discutindo a criação de 22 projetos de aplicativos digitais.

Divulgação
Hackathon 2014 - Gênero e Cidadania
Maratona de hackers ocorrerá durante toda esta semana no Salão Branco da Câmara.
 

Começou nesta segunda-feira (24) o segundo Hackathon da Câmara dos Deputados, maratona que reúne hackers, programadores, desenvolvedores e inventores para criar projetos que transformem informações de interesse público em soluções digitais.

Hoje foram iniciados os debates entre os 47 participantes sobre os 22 projetos selecionados. O tema desta edição, que ocorre no Salão Branco da Câmara durante toda a semana, é "Gênero e Cidadania".

No primeiro dia, os participantes apresentaram um resumo de seus projetos e discutiram as diferentes propostas para aprimorar as ideias. “Buscamos uma forma de interação que permitisse trocar ideias, ajudar uns aos outros, para estimular o principal que é o trabalho colaborativo”, afirmou o coordenador do evento, Cristiano Ferri.

 
Mosaico Hackaton maratona hacker
Veja mosaico com reportagens sobre o tema do 2º Hackaton.
 

O objetivo do Hackaton é promover a ampliação da transparência dos dados públicos. Organizado pelo Laboratório Hacker da Câmara e pela Secretaria da Mulher, o evento tem patrocínio do Banco Mundial.

A segunda edição do Hackathon contou com 165 inscritos de todo o País e 75 propostas de aplicativos sobre os temas "Violência contra a mulher" e "Políticas públicas de gênero e cidadania".

Violência
Um dos participantes é Leandro Correia, de São Paulo. Sua proposta é de um aplicativo para ser acionado quando a mulher estiver prestes a sofrer algum tipo de violência. Ao acionar o aplicativo, uma mensagem de alerta será enviada à rede de contatos de parentes e amigos.

O aplicativo gravará o áudio da conversa entre agressor e vítima e mandará informações de localização a cada cinco minutos. “Mesmo se o aparelho for quebrado, o áudio fica gravado e pode ser usado para instruir um processo criminal”, disse Correia. Ele foi convidado para o Hackaton após ganhar uma competição semelhante em maio, organizada pela Presidência da República.

Daniela Rozados e outros dois amigos criaram o projeto Minha Voz para ajudar as vítimas a relatarem a violência sofrida a partir do estado psicológico em que se encontram. “Por meio de perguntas fundamentais, a gente vai direcionando, tanto para a vítima entender o que aconteceu com ela, como para ela poder elaborar que tipo de alternativas tem”, afirmou.

Parlamentares e servidores
A partir desta terça-feira (25), começa a interação dos 47 participantes selecionados para desenvolver os 22 projetos com parlamentares e servidores da Câmara. Ao fim da maratona, os projetos serão avaliados de acordo com o interesse público e a criatividade.

Os autores dos dois projetos vencedores serão premiados com passagem e hospedagem para participar de um encontro sobre projetos de Democracia Digital na sede do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.

A segunda edição da maratona hacker também se destaca pela expressiva participação feminina nas equipes selecionadas. Dos 47 participantes, 24 são mulheres, um número muito superior ao da primeira edição, em 2013, quando apenas três mulheres participaram do evento.

Dos 22 projetos selecionados, 13 propõem a criação de aplicativos para "Políticas públicas de gênero e cidadania". As propostas tratam de questões como análise de informações sobre a relação entre gênero dos candidatos e financiamento de campanhas.

Os nove projetos restantes dedicam-se ao tema "Violência contra a mulher". Entre as propostas, destacam-se aquelas relacionadas ao mapeamento das modalidades de violência sofridas pelas mulheres no País.

Aplicativos no ar
Na primeira edição do evento, em 2013, o objetivo foi aumentar a transparência do trabalho parlamentar e ampliar a compreensão do processo legislativo. Três aplicativos, entre os 22 projetos selecionados, foram vencedores e já estão no ar:

• Meu Congresso: aplicativo que reúne informações sobre o mandato dos parlamentares e as empresas que receberam pagamentos relacionados à cota parlamentar;  

• Monitora, Brasil: app para celulares que possibilita o acompanhamento da assiduidade dos deputados e dos projetos propostos, organiza rankings, lista de twitters e outras informações relativas ao mandato;

• Deliberatório: jogo de cartas offline que simula o processo de discussão e deliberação das proposições na Câmara dos Deputados.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo
Origem do Mosaico em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias
 
 

 

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