Comissão aprova assembleia de compradores de imóveis a cada seis meses

Objetivo é informar andamento da construção aos adquirentes
15/06/2015 - 16h04

Comissão aprova assembleia de compradores de imóveis a cada seis meses

Gilberto Nascimento
dep. Flaviano Melo
Flaviano Melo: além da assembleia ordinária a cada seis meses, o texto prevê convocação extraordinária a qualquer tempo solicitada por pelo menos 1/3 dos membros.
 

A Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou, na quarta-feira (10), proposta que obriga as comissões de representantes de compradores de imóveis a convocar assembleia ordinária a cada seis meses para prestar contas do andamento da construção e da situação do chamado patrimônio de afetação dos adquirentes. Pela proposta, a obrigatoriedade constará do contrato de construção.

A medida está prevista no Projeto de Lei 145/15, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), aprovado com alterações feitas pelo relator, deputado Flaviano Melo (PMDB-AC). O texto original previa que a comissão de representantes convocaria uma assembleia extraordinária a cada trimestre.

Além de prever a assembleia ordinária a cada seis meses, o texto aprovado prevê a convocação extraordinária a qualquer tempo se houver pedido de pelo menos um terço de seus membros.

Efetividade
Flaviano Melo concordou com o argumento de Bezerra de tornar mais efetivo o funcionamento da comissão de representantes de compradores de imóveis, prevista na Lei do Condomínio (4.591/64). Essa comissão deverá ter pelo menos três membros, escolhidos entre os adquirentes de imóveis.

Conforme lembrou o relator, a lei já impõe ao incorporador a apresentação à comissão de representantes de demonstrativo trimestral do estado da obra, mas existe uma lacuna quanto à obrigatoriedade de a comissão de representantes convocar assembleia. “Diversos são os casos em que os adquirentes não acompanham a evolução do empreendimento e têm seus direitos lesados por má administração do incorporador, seja em relação à baixa qualidade dos imóveis construídos, seja na demora na entrega das unidades”, disse Flaviano Melo.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Regina Céli Assumpção
Origem da Foto em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias

Notícias

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou Novo sistema dos cartórios permite aos juízes escolher os bens de acordo com o valor para serem bloqueados, cobrindo apenas o valor da dívida Anna França 30/01/2025 15h00 • Atualizado 5 dias atrás O avanço da digitalização dos...