Criação de protocolo judicial integrado é aprovada na Comissão de CCT

Geraldo Magela/Agência Senado
Reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), presidida pelo senador Otto Alencar (E), e que tem como vice-presidente o senador Waldemir Moka (D), que leu o relatório sobre o projeto

Criação de protocolo judicial integrado é aprovada na Comissão de Ciência e Tecnologia

  

Da Redação | 31/05/2017, 09h55 - ATUALIZADO EM 31/05/2017, 11h21

Em reunião nesta quarta-feira (31), a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 56/2015, que prevê a criação de sistema de protocolo integrado válido em todo o território nacional, como forma de facilitar o cumprimento de prazos processuais pela Justiça brasileira.

O objetivo do projeto é tornar mais fácil e rápido o acesso de advogados e cidadãos ao Judiciário, viabilizando o cumprimento de prazos processuais em todo o território nacional, seja por meio eletrônico, seja por meio físico. A proposta segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)

O texto altera a Lei do Fax (Lei 9.800/1999), que garante às partes a utilização de sistema de transmissão de dados para a prática de atos processuais, para permitir a juntada dos originais por meio do protocolo integrado judicial nacional.

O projeto também dá nova redação à Lei do Processo Judicial Eletrônico (Lei 11.419/2006), que trata da informatização do processo judicial, para facultar o encaminhamento, por meio do referido protocolo integrado, dos documentos que, por motivos técnicos, não puderem ser digitalizados.

Nos casos em que o ato processual dependa de petição escrita ou da entrega de documentos por meio eletrônico, os originais ou documentos físicos poderão, além de ser entregues em juízo, como já prevê a lei, ser alternativamente encaminhados por meio de um sistema de protocolo integrado judicial nacional.

Por fim, é fixado o prazo de dois anos para o início da vigência da lei após sua publicação.

Desuso

Cristovam Buarque (PPS-DF), que relatou o projeto, ponderou que a Lei do Fax, que marcou o início da utilização das tecnologias da informação e comunicação na prática de atos processuais, vai acabar caindo em desuso diante da massificação do uso da internet e da popularização dos recursos de assinatura e certificação digitais.

Sendo assim, ele propôs emenda ao projeto para permitir a progressiva substituição da sistemática de encaminhamento de petições via fac-símile pelo processo judicial eletrônico.

“É preciso reconhecer que a Lei do Fax irá paulatinamente cair em desuso com a evolução tecnológica e a consequente modernização da justiça, sendo necessário aprimorar o projeto, a fim de harmonizá-lo com as demais normas que preveem a integral informatização do processo judicial”, argumentou no relatório.

Cristovam acatou também três emendas apresentadas pelo senador Airton Sandoval (PMDB-SP). Uma delas altera o artigo 1º da Lei do Fax para admitir a adoção de aplicações da internet na prática de atos processuais. Outra emenda altera o artigo 5º da mesma lei para permitir que as partes, os advogados, a defensoria pública e o Ministério Público tenham acesso à mesma ferramenta digital para a prática de atos processuais.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) leu o parecer durante a reunião.

 

Agência Senado

Notícias

Ministro do STJ exclui área ambiental do cálculo de pequena propriedade rural

Impenhorabilidade Ministro do STJ exclui área ambiental do cálculo de pequena propriedade rural STJ decidiu que, para impenhorabilidade, apenas a área produtiva de pequenas propriedades rurais deve ser considerada, excluindo-se a área de preservação ambiental. Decisão baseou-se em assegurar que...

Tribunal nega registro civil tardio de casamento de bisavós

Tribunal nega registro civil tardio de casamento de bisavós 20/07/2021 Prova de existência de filhos não é suficiente. A 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão do juiz Seung Chul Kim, da 1ª Vara Cível de Cotia, que negou pedido de registro tardio de...

Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país

Reprodução assistida Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país Recente decisão do STJ, reconhecendo dupla maternidade em caso de inseminação caseira, denota a urgência do tema. Da Redação segunda-feira, 4 de novembro de 2024 Atualizado às 09:56 Registrar o...