Deputados apresentam PEC com nova distribuição de royalties

20/03/2013 - 20h00

Deputados apresentam PEC com nova distribuição de royalties

O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) apresentou nesta quarta-feira (20) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que redistribui de forma mais igualitária entre estados e municípios os royalties do petróleo. Foram coletadas, em dois dias, as 171 assinaturas necessárias de apoio ao texto que muda a redação do artigo 20 da Constituição.

 

A proposta, também assinada pelos deputados Júlio César (PSD-PI), Humberto Souto (PMDB-PI) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), destina 30% dos recursos dos royalties à União; 35% aos estados, a serem distribuídos conforme as regras do fundo de participação dos estados; e 35% aos municípios, distribuídos de acordo com o rateio do fundo de participação dos municípios.

Marcelo Castro argumentou que só restou essa alternativa aos parlamentares já que todas as sete votações sobre royalties no Congresso foram questionadas, ora por vetos presidenciais, ora por liminares do Supremo.

“Não cruzaremos os braços porque estamos lutando pelo que é justo para o Brasil. Para diminuir as desigualdades, para fortalecer a federação, para dar direitos a todos os brasileiros independentemente de onde estejam localizados”, afirmou. Ele destacou que, caso a proposta seja aprovada, a divisão dos royalties do petróleo ficará definida na Constituição Federal. “Aí eu quero ver o que é que o ministro Fux, a ministra Carmem Lúcia vão dizer. Só se eles disserem que a Constituição não vale”, criticou.

Retaliação
O deputado Hugo Leal (PSC-RJ) classificou a iniciativa como uma retaliação, já que o assunto já se esgotou no Congresso e agora deve ser decidido pelo Judiciário. “É como se o Legislativo tivesse a plena palavra porque tem aqui a representação da sociedade, dos estados. Mas nós somos um poder, que é um poder colegiado, e que tem divergências”, destacou. O parlamentar lembrou que a presidente da República vetou a proposta com argumentos constitucionais.

“Se fosse um placar estaria 2 a 1. Estaria 2 votos para dois poderes e um voto para o Legislativo, porque Executivo e Judiciário estão na mesma linha. Então vai dizer que é a ditadura do Legislativo, não vejo dessa forma”, acrescentou.

Suspensão
O Supremo Tribunal Federal (STF)suspendeu temporariamente os efeitos da lei que redistribui imediatamente os recursos da exploração do petróleo entre todos os estados e municípios. A decisão é resultado de ações judiciais apresentadas por parlamentares de estados produtores, os mais prejudicados com a nova divisão. O mérito da questão deve ser julgado em abril.

Marcelo Castro afirmou que se a Corte mantiver a eficácia da lei, a PEC será retirada.

 

Reportagem - Geórgia Moraes
Edição - Rachel Librelon

Foto/Fonte: Agência Câmara Notícias
 
 

 

Notícias

STJ admite penhora de direito aquisitivo de imóvel do Minha Casa, Minha Vida

DEVE, TEM QUE PAGAR STJ admite penhora de direito aquisitivo de imóvel do Minha Casa, Minha Vida Tiago Angelo 12 de janeiro de 2025, 9h45 “Nesse contexto, como ainda não se adquiriu a propriedade plena do imóvel, eventual penhora não poderá recair sobre o direito de propriedade – que pertence ao...

Artigo 5º - Contratos de namoro: precaução ou burocracia?

Artigo 5º - Contratos de namoro: precaução ou burocracia? O Artigo 5º aborda o crescimento do uso dos contratos de namoro no Brasil, que registrou um aumento significativo em 2023. O programa traz a advogada Marcela Furst e a psicóloga Andrea Chaves para discutir os motivos que levam os casais a...

Imóvel como garantia: O que muda com a nova regulamentação do CMN?

Imóvel como garantia: O que muda com a nova regulamentação do CMN? Werner Damásio Agora é possível usar o mesmo imóvel como garantia em várias operações de crédito. A resolução CMN 5.197/24 amplia o acesso ao crédito imobiliário para pessoas físicas e jurídicas. domingo, 5 de janeiro de...

Câmara aprova marco legal das garantias de empréstimos

Projeto de lei Câmara aprova marco legal das garantias de empréstimos Projeto autoriza empresas a intermediar oferta de garantias entre cliente e instituições financeiras. Texto segue para o Senado. Da Redação quinta-feira, 2 de junho de 2022 Atualizado às 08:17 A Câmara dos Deputados aprovou nesta...

Defesa global do vulnerável: a dicotomia notarial entre civil law e common law

Opinião Defesa global do vulnerável: a dicotomia notarial entre civil law e common law Ubiratan Guimarães 26 de dezembro de 2024, 11h12 A atuação notarial é, então, fundamental para garantir o cumprimento desses princípios e a formalidade da escritura pública é crucial para assegurar que as partes...