Diretor da Infraero defende adoção de terminais remotos nos aeroportos

28/09/2011 - 15h37

Na segunda audiência pública promovida nesta quarta-feira (28) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) sobre os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, o diretor de Engenharia da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Jaime Parreira, defendeu a solução adotada pela empresa de construir terminais remotos para atender à demanda do evento.

- Por que optamos pelos módulos? Porque eram necessários e são instalações simplificadas, usadas no mundo inteiro. Os módulos são dotados de todo o conforto. Muitos irão continuar após a Copa e outros terão que ser desmontados e remontados em outros aeroportos, para dar conta da situação específica de demanda em cada aeroporto - disse Parreira durante a audiência, presidida pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

O aeroporto de Guarulhos (SP), informou o diretor, receberá o maior investimento para a Copa. Atualmente, ele recebe 27 milhões de passageiros por ano. Em 2014, previu, a capacidade instalada será de 52,7 milhões de passageiros, para uma demanda de 39 milhões. O "corpo central" do novo terminal a ser erguido em Guarulhos, afirmou, deverá estar concluído em 2014.

Representando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Marcos de Souza Oliveira - gerente-geral de Certificação e Engenharia do Espectro da Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização - lembrou que o país receberá, além da Copa de 2014 e dos Jogos de 2016, eventos como a Conferência Rio + 20, a Copa das Confederações e a Copa América.

Em cada um desses eventos, observou, haverá grande demanda por uso temporário de radiofrequência Segundo o diretor, o Plano Nacional de Banda Larga permitirá o atendimento dessas demandas. Até o início de 2013, informou, as primeiras redes de quarta geração de telefonia celular já estarão em operação nas principais cidades da Copa do Mundo.

"Vitrine ou Vidraça"

A Copa de 2014 poderá ser a "motivação para fazer aquilo que nossas cidades precisam", segundo afirmou o presidente da Regional Minas Gerais do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), Maurício de Lana. Mas ele alertou que as cidades do país poderão tornar-se "vitrine ou vidraça" diante do mundo, dependendo de sua preparação para receber o evento. O presidente criticou o Regime Diferenciado de Construção (RDC) a ser usado antes da Copa do Mundo para agilizar as obras, e a adoção de feriados em dias de jogos. Em sua opinião, os feriados estimularão viagens internas no país e poderão ajudar a tornar ainda mais congestionados os aeroportos.

Por último, o presidente do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio, alertou para a necessidade de flexibilização da concessão de vistos brasileiros a turistas estrangeiros que pretendem visitar o país durante a Copa do Mundo. Para ele, ainda que mantidos para os países que também exigem vistos do Brasil, os vistos brasileiros poderiam ser emitidos por meio da internet.

 

Marcos Magalhães / Agência Senado

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