Embratur: transporte aéreo e preço de hospedagem são desafios para a Copa
18/09/2013 - 19h55
Embratur: transporte aéreo e preço de hospedagem são desafios para a Copa
Em audiência, deputados manifestaram preocupação com a falta de profissionais que falam inglês.
Alexandra Martins / Câmara dos Deputados
Valadares Filho quer a redução das tarifas aéreas.
Apesar da avaliação positiva dos turistas que foram aos jogos da Copa das Confederações, em junho, o turismo no Brasil ainda é pouco competitivo, segundo avaliação do presidente da Embratur, Flávio Dino. Ele participou, nesta quarta-feira (18), de audiência pública na Câmara sobre o assunto.
Para Dino, é preciso aumentar a oferta de aviões no País, principalmente para voos regionais, e controlar os preços da hospedagem e da alimentação fora de casa para o êxito da Copa do Mundo de 2014. “Sem avião é impossível fazer a Copa com sucesso e garantir a continuidade do crescimento do turismo. Precisamos também tratar dos preços dos setores de alimentação e de hospedagem porque, por uma série de razões, há uma perigosa tendência cobrarem valores acima da média internacional", declarou.
Ele sugeriu ainda a desoneração tributária nos combustíveis para aviões e informou que a Embratur está fazendo uma parceria com os Procons das cidades-sede do evento esportivo para que façam a fiscalização dos preços cobrados por hotéis e restaurantes.
Balanço
O secretário nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo, Vinicius Lummertz, apresentou no debate promovido pela Comissão de Turismo e Desporto, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) realizada com turistas brasileiros e estrangeiros que estiveram nos jogos da Copa das Confederações.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Flávio Dino: hotéis e restaurantes tender a cobrar preços acima da média internacional.
O levantamento aponta que 75,8% dos estrangeiros entrevistados disseram que voltariam para a Copa do Mundo. A maior parte do público também avaliou positivamente os serviços de táxi (88,3%), segurança pública (78,3%), transporte público (72,8%), limpeza pública (71,9%) e sinalização turística (70,2%) nas cidades-sede da Copa das Confederações.
Lummertz defendeu a necessidade de prefeitos, governadores e o próprio governo federal investirem mais em turismo, além da formalização de parcerias público-privadas (PPPs). “Precisamos criar plataformas de investimentos em Belém, Manaus, na costa catarinense, em alguns locais do Rio de Janeiro. Esses lugares podem funcionar como Cancun, Orlando ou Las Vegas, cada um com sua vocação”, exemplificou.
Inglês
Deputados da comissão manifestaram preocupação com a falta de profissionais do setor que falam inglês e com as tarifas cobradas por hotéis e companhias aéreas em voos domésticos. O presidente do colegiado, deputado Valadares Filho (PSB-SE), informou que está negociando formas de reduzir os preços das passagens aéreas com o Ministério da Aviação Civil.
Por sua vez, o deputado Vicente Candido (PT-SP) sugeriu que a sinalização das cidades-sede seja feita também em língua estrangeira, bem como os cardápios dos restaurantes. "Isso já facilitaria a acolhida ao turista estrangeiro", ressaltou.
Reportagem - Geórgia Moraes
Edição - Marcelo Oliveira - Foto em destaque: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Agência Câmara Notícias