Empresas consideram que tecnologia 4G impulsiona universalização da banda larga
Empresas consideram que tecnologia 4G impulsiona universalização da banda larga
Para empresas de telecomunicações, 4G vai universalizar acesso a Internet. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas e Profissionais das Telecomunicações e Infraestrutura (Aberimest), Kleber Resende Castilho, a nova tecnologia de transmissão de dados da telefonia móvel está impulsionando a universalização da internet em banda larga.
Durante audiência pública promovida nesta quarta-feira pela comissão especial da Câmara dos Deputados que discute alterações na legislação de telecomunicações, Castilho explicou que o 4G é a solução com custos mais efetivos de implantação. "Ele fica metade do preço do acesso ótico e com menores custos de operação. O ótico tem uma velocidade esplêndida, porém o preço é muito alto. O 4G hoje seria a solução para o Brasil, na área de celular, para atingir mais rápido a população menos favorecida que não está recebendo o sinal. Precisamos expandir o sinal."
Para expandir a banda larga móvel, o especialista considera necessárias mais antenas e novas radiofrequências, como a de 700 MHz. A Lei de Antenas, segundo ele, vai facilitar a negociação com os municípios e evitar a burocracia para instalação dos equipamentos.
Prioridade para consumidor
O presidente da comissão especial, deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), afirmou que o objetivo do colegiado, que discutiu hoje a qualidade da banda larga no Brasil, é propor um novo modelo de telecomunicações que priorize o consumidor. "Que proporcione segurança jurídica e venha a estabelecer um ambiente para que o consumidor possa ser contemplado em suas expectativas. O próprio contrato (de prestação de serviço) hoje é contra o consumidor. O consumidor compra um montante de serviço, principalmente de internet, e a responsabilidade da empresa que oferece o serviço é de oferecer apenas 20% do serviço contratado."
Nogueira espera que depois de concluída a fase de audiências seja possível apresentar um relatório propondo a atualização da legislação de telecomunicações. "Nosso objetivo é atuar para promover a separação entre a infraestrutura e a prestação do serviço. A primeira seria explorada por concessão e a segunda por permissão", explicou o deputado.
A comissão promove nas próximas semanas outras duas audiências públicas: a primeira, no dia 11, para ouvir diretores de grandes empresas de telecomunicações que atuam no País; e a segunda, no dia 18, com o ministro das Telecomunicações, Ricardo Berzoini.
Edição – Regina Céli Assumpção