Execução de medidas socioeducativas terá maior controle

Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJ

Execução de medidas socioeducativas terá maior controle

09/07/2012 - 07h00

Todo adolescente infrator internado em unidade de internação terá um documento com todas as informações relacionadas a sua permanência no estabelecimento. A guia de execução da medida socioeducativa terá dados sobre sua sentença, início de cumprimento da medida, assim como a data prevista para terminar. Esse foi um dos pontos aprovados pelos coordenadores das áreas de infância e juventude de 24 tribunais estaduais que participaram na sexta-feira (6/7) em Brasília de reunião promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para discutir a regulamentação da nova Lei 12.594/2011, que criou o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) no início do ano.

O texto aprovado será a minuta de uma resolução a ser debatida pelo plenário do CNJ. O objetivo é dar suporte aos magistrados e varas de infância e juventude do país para adotar o Sinase nos seus procedimentos. “Nós aprovamos o esqueleto da minuta de resolução”, afirmou a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Joelci Araújo Diniz que presidiu as atividades com a juíza Cristiana Cordeiro, ambas do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ).

Também foram aprovados procedimentos e prazos relativos ao tratamento do jovem quando comete ato infracional. “No texto, especificamos quem serão os responsáveis por cada etapa do processo, desde a prisão do adolescente até o fim do cumprimento da medida socioeducativa. Aprovamos também prazos para que esses procedimentos sejam realizados”, explicou a magistrada.

Ao longo do dia, também foram apresentados os projetos na área da infância e juventude previstos para a gestão do Ministro Ayres Britto. “Apresentamos a  segunda fase do Justiça ao Jovem, na qual retornaremos a determinados estados para verificar a adoção das recomendações feitas durante a primeira fase do programa, entre 2010 e 2011”, disse a juíza Cristiana Cordeiro.

Os magistrados também foram informados sobre outras ações em fase de desenvolvimento pelo CNJ, como o Projeto Eficiência (de gestão cartorial), o Processo Judicial Eletrônico da Infância e a criação de um mapeamento nacional sobre as unidades de internação do país, nos moldes do Geopresídios, ferramenta virtual que armazena informações sobre todo o sistema carcerário nacional.


Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias

 

Notícias

Prática de racismo no ambiente de trabalho

Extraído de JusBrasil Apelidos racistas no ambiente de trabalho geram danos morais Extraído de: Direito Vivo - 38 minutos atrás   Na Justiça do Trabalho de Minas ainda é grande a incidência de processos que denunciam a prática de racismo no ambiente de trabalho. Mas a sociedade moderna e as...