Federalização da educação básica é analisada em audiência pública

A audiência foi presidida pelo senador Paulo Paim   Marcos Oliveira/Agência Senado

Federalização da educação básica é analisada em audiência pública

Da Redação | 19/11/2014, 21h53 - ATUALIZADO EM 19/11/2014, 21h54

A federalização da educação básica foi tema de audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE)  nesta quarta-feira (19), com a participação dos professores premiados no Programa Jovem Senador 2014.

A escolha do tema da audiência foi feita pelos próprios educadores que estão em Brasília para participar do Programa Jovem Senador.

A proposta

O consultor do senado Waldery Rodrigues Junior apresentou a proposta de federalização da educação de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF),  que está em discussão na Casa (PDS 460/2013). Ele citou cálculos que demonstram a viabilidade da implantação do projeto no prazo de vinte anos utilizando pouco menos de dez por cento do PIB do país.

Os investimentos, segundo Waldery, vão permitir que a educação pública brasileira alcance o nível das nações que lideram os rankings internacionais, como a Coréia do Sul e a Finlândia. Na opinião do consultor, o gasto é compatível com a realidade brasileira. 

— Custa somente R$ 160 milhões por ano para pegar uma cidade típica brasileira de 36 mil habitantes e transformá-la em educação de altíssima qualidade. É muito pouco, mas o município não tem esse dinheiro. A União tem — insistiu Waldery Rodrigues Junior.

Para o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), os professores precisam acompanhar a discussão no parlamento de projetos sobre a educação e fiscalizar a ação dos seus representantes para defender o ensino público com qualidade. 

— Porque se você pega milhões de brasileiros e quer dar a eles a oportunidade de ter uma escola boa, tem um gasto razoável, não é barato. Isso sai caro. É caro, mas deve ser feito para você evitar que se criminalize a juventude — afirmou Inácio Arruda.

Politização

O senador Paulo Davim (PV-RN), presidente da Comissão do Programa Jovem Senador, falou sobre a importância do projeto para a politização dos jovens. Ele contou que neste ano foram mobilizados mais de 150 mil jovens.

Mas o parlamentar não considera o resultado satisfatório. Para ele a proposta é ir além de premiar os jovens, trazê-los para Brasília e colocá-los no plenário do Senado para discutir algumas ideias. A intenção, afirmou, é politizar os estudantes, reconhecer talentos e fortalecer a escola. Ele ainda lembrou que os educadores são essenciais para divulgar o prêmio nas cidades.

— Se o professor conhecer de perto esse projeto eu tenho certeza que teremos aliados fortes, para ajudar a dar capilaridade a esse projeto. Queremos que a sociedade por inteiro se politize e nada melhor do que começarmos pela juventude — disse Davim.

Também participaram da audiência pública os senadores Wilson Matos (PSDB-PR) e Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento para a realização do debate junto com o presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB-GO).

Com informações da Rádio Senado

 

Agência Senado

 

Notícias

Tribunal nega registro civil tardio de casamento de bisavós

Tribunal nega registro civil tardio de casamento de bisavós 20/07/2021 Prova de existência de filhos não é suficiente. A 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão do juiz Seung Chul Kim, da 1ª Vara Cível de Cotia, que negou pedido de registro tardio de...

Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país

Reprodução assistida Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país Recente decisão do STJ, reconhecendo dupla maternidade em caso de inseminação caseira, denota a urgência do tema. Da Redação segunda-feira, 4 de novembro de 2024 Atualizado às 09:56 Registrar o...