Homicídio qualificado é crime hediondo

16/07/2010 - 18h42

Homicídio qualificado é crime hediondo

[O goleiro Bruno, suspeito de envolvimento na morte de Eliza Samúdio, apresenta-se para depoimento à polícia]

Segundo o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), o homicídio qualificado é aquele cometido em circunstâncias que tornam o crime mais grave do que já é. O homicídio simples, por mais que o adjetivo possa parecer impróprio, é o ato de matar uma pessoa em circunstâncias que não ampliem a magnitude desse ato extremo.

Dependendo do motivo, o homicídio simples pode até resultar em pena menor. Por exemplo, se o agente comete o crime "impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima".

No caso do homicídio qualificado, algumas situações são determinantes. Por exemplo, se o crime foi cometido "mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe". São também motivos para qualificação do homicídio o motivo fútil; o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel. A traição, a emboscada, a dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido são igualmente qualificantes de um homicídio.

Por fim, um homicídio é qualificado se o assassino visou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.

Se confirmadas pela investigação policial e pela sentença judicial as circunstâncias da morte da modelo Eliza Samudio divulgadas até agora pela polícia, o crime deverá receber a classificação de homicídio qualificado. Por vários dos detalhes revelados pela polícia.

Eliza era ex-amante do goleiro Bruno, que teve contrato suspenso pelo Flamengo. Por enquanto, Bruno, seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, são apenas considerados suspeitos do sequestro, tortura e morte da modelo, por motivo fútil. Bruno teria um filho com Eliza, que lhe cobrava reconhecimento de paternidade e pensão.

Para o senador Demostenes Torres (DEM), procurador de Justiça e presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, as investigações já chegaram a conclusões importantes.

- É mais um crime bárbaro. Seria bom encontrar o corpo, mas já se sabe muita coisa - afirmou.

Nelson Oliveira / Agência Senado
 

 

Notícias

Herança digital e planejamento sucessório

Herança digital e planejamento sucessório Luiz Gustavo de Oliveira Tosta No universo digital, legado também se planeja. Influenciadores e profissionais de mídia precisam proteger sua herança online com estratégia jurídica e visão sucessória. domingo, 6 de abril de 2025 Atualizado em 4 de abril de...

Se for de alto padrão, bem de família pode ser executado

Dignidade garantida Se for de alto padrão, bem de família pode ser executado 1 de abril de 2025, 12h57 Para o juiz, o dono da loja tem condições financeiras suficientes para não ficar desamparado. Ele determinou, então, a penhora do imóvel, e destinou 50% do valor à autora da ação. Confira em...

Pacto antenupcial: Liberdade, proteção e maturidade a dois

Pacto antenupcial: Liberdade, proteção e maturidade a dois Marcia Pons Mais do que divisão de bens, o pacto antenupcial tornou-se uma escolha consciente de casais modernos que valorizam autonomia, planejamento e vínculos duradouros. domingo, 30 de março de 2025   Atualizado em 28...

Vontade de um dos cônjuges é suficiente para a concessão de divórcio

LAÇOS ROMPIDOS Vontade de um dos cônjuges é suficiente para a concessão de divórcio Rafa Santos 28 de março de 2025, 8h23 Ao analisar o caso, o desembargador acolheu os argumentos da autora. “Antes da Emenda Constitucional n. 66/2010, a Constituição exigia separação judicial ou de fato antes da...