iPad brasileiro chega ao mercado em dezembro

13/09/2011 - 16h16

iPad brasileiro, primeiro fabricado fora da China, chega ao mercado em dezembro

 
    Matéria corrigida às 17h02

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, informou, nesta terça-feira (13), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que a fábrica da Foxconn em Jundiaí (SP) está pronta para ser inaugurada. A empresa, segundo o ministro, já produz aparelhos iPod e, até dezembro, entregará os primeiros tablets iPad, da Apple.

- No início muitos duvidaram, mas será a primeira vez que a empresa produzirá iPads fora do território chinês. Estamos dando um grande passo para a inclusão digital no país - afirmou.

Mercadante informou ainda que o governo federal anunciará nos próximos dias o investimento em uma grande fábrica de games na Zona Franca de Manaus.

- A indústria de games tem faturamento maior e emprega cinco vezes mais que a de hardware, por exemplo. É uma fábrica de ponta que abrirá um mercado promissor para o Brasil - resumiu, sem revelar o nome da empresa e mais detalhes do negócio.

A aposta em tecnologia e inovação é uma das metas previstas no Plano Brasil Maior, detalhada pelo ministro aos senadores na manhã desta terça-feira. Para ele, o país terá que investir nestas áreas se não quiser ser um mero exportador de commodities, como a soja e o suco de laranja

Segundo números apresentados pelo ministro, o déficit comercial brasileiro no setor de tecnologias da informação e comunicação foi de R$ 18,9 milhões em 2010. Para reverter o quadro, ele anunciou medidas para fortalecer a indústria nacional e a cadeia produtiva, como a ampliação de linhas de financiamento do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e o investimento no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), empresa pública, com sede em Porto Alegre, especializada na produção de chips.

Mão de obra

Aloizio Mercadante admitiu, no entanto, que há desafios a serem enfrentados, entre eles, a qualificação da mão de obra. Um dos entraves para o desenvolvimento do país é a falta de engenheiros.

O número de jovens com graduação no Brasil subiu de 324,7 mil, em 2000, para 800,3 mil, em 2009, mas o número de formandos em engenharia não cresceu no mesmo ritmo, passando de 22,8 mil para 47 mil. Nestes nove anos, a participação das engenharias no universo de cursos superiores caiu de 7% para 5,9%.

Na tentativa de melhorar a qualificação da mão de obra brasileira, o ministro apresentou aos senadores as ações do Programa Ciência Sem Fronteiras, que, entre outras iniciativas, prevê o aumento das bolsas de pós-graduação no exterior.

- Temos condições de atrair profissionais de ponta e pesquisadores, inclusive estrangeiros. Além disso, estamos executando na Justiça R$ 30 milhões pagos a estudantes que foram para o exterior, mas não concluíram o curso ou simplesmente não retornaram ao Brasil. É dinheiro público e precisa ser controlado - afirmou.

Royalties

Durante a audiência, o ministro defendeu ainda a aplicação 30% royalties do petróleo na educação, produção científica, informática e no desenvolvimento tecnológico. Ele pediu bom senso e equilíbrio dos parlamentares na discussão da partilha.

- Estamos gastando recursos que gerações futuras não terão mais. Em breve, os royalties não existirão e teremos que apostar cada vez mais em energia renovável. Para isso, é preciso investimento. O Senado é a casa do pacto federativo e tem de estudar formas de dividir melhor o dinheiro sem prejudicar os estados produtores. O que não podemos é repetir os erros de outros países e pulverizar os recursos, por exemplo.

Anderson Vieira / Agência Senado
 

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