Juiz lança candidatura à vaga de ministro do STF
28/01 - 12:01
Juiz lança candidatura à vaga de ministro do STF
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) anunciou, ontem, a candidatura do juiz Márlon Jacinto Reis à vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta é a primeira vez que a sociedade civil lança um nome ao cargo, que é ocupado por indicação do presidente da República.
De férias, o juiz estava ausente no lançamento de sua própria candidatura. Coube ao presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo, fazer o anúncio. Segundo ele, o movimento pretende viabilizar o nome de Reis no meio político para que ele de fato se torne ministro. “Nós queremos o resultado concreto, queremos sucesso nessa pretensão”, afirmou.
O grupo, que reúne 50 entidades, pretende levar o nome à presidente Dilma Rousseff, ministros de estado e parlamentares. A campanha a favor de Reis também será realizada pela internet. O movimento, no entanto, não terá muito tempo: a presidente Dilma deve indicar o 11º ministro da Suprema Corte na próxima semana. O nome ainda precisa passar pelo crivo do Senado.
Até o momento nenhum parlamentar manifestou apoio ao movimento. Márlon Reis foi um dos articuladores da coleta de assinaturas para o projeto popular que resultou na Lei da Ficha Limpa. Ele é juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão desde 1997.
OAB
Apesar de ser integrante do MCCE, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não apoiará a candidatura de Márlon Reis. Ontem, o presidente do órgão, Ophir Cavalcante, enviou carta à presidente Dilma pedindo urgência na nomeação do ministro. Segundo ele, a ausência do titular provoca insegurança jurídica e representa uma sobregarca aos demais integrantes da Corte.
O texto não cita a candidatura de Márlon Reis e pede que a presidente indique “um jurista que honre as letras jurídicas e represente os anseios de toda a sociedade brasileira, por se tratar de um cargo que pertence à Nação”. (Luciana Marques, de Brasília - www.veja.com.br)
Extraído de: Associação Mineira do Mnistério Público