Mais de 5 mil manifestações em três meses

Mais de 5 mil manifestações em três meses

30/05/2012 - 07h00

A Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça recebeu 5.732 manifestações nos primeiros três meses deste ano. É o que mostra o relatório do setor, divulgado nesta semana. A média foi de 1.910,67 atendimentos por mês – quantidade 17,6% maior do que a média mensal registrada no ano passado, de 1.624,67. Entre os temas tratados, destacam-se as notícias de tentativas de golpes em nome do CNJ.

De acordo com o levantamento, foram 24 notícias de utilização indevida do nome do CNJ por estelionatários contra pessoas que são partes em processos judiciais. O conselheiro Wellington Saraiva, ouvidor do CNJ, explicou que geralmente os golpistas tentam obter vantagens das vítimas mediante promessa de intermediação para recebimento de valores pendentes em causas em tramitação no Poder Judiciário ou para acelerar a tramitação de processos.  

O ouvidor lembrou que o CNJ já requisitou a instauração de inquéritos à Polícia Federal. Wellington Saraiva ressaltou que a Ouvidoria tem orientado o cidadão sobre a natureza das decisões do Conselho, que são administrativas. “Não contatamos ninguém para oferecer facilidades ou rapidez na tramitação de processos judiciais”, afirmou.

Morosidade - De acordo com o relatório da Ouvidoria, a morosidade continua sendo objeto da maior parte das manifestações. Nos primeiros três meses deste ano, o tema figurou em 28,41% dos registros. Dos relatos, 91,92% foram reclamações. Os estados que mais demandaram foram Rio Grande do Norte (45,65% do total), Ceará (38,71%) e Rio de Janeiro (35,77%).A atuação da Corregedoria Nacional de Justiça foi objeto de 6,8% das demandas recebidas – sendo, portanto, o segundo tema mais demandado. A maior parte dos relatos (95,78%) foi para elogiar a atuação do órgão.

As matérias de cunho jurisdicional ocupam a terceira posição no conjunto dos assuntos mais recorrentes na Ouvidoria do CNJ, presentes em 4,44% das manifestações. Nesse caso, o setor tem orientado o cidadão a procurar um advogado, a Defensoria Pública ou os núcleos de práticas jurídicas.Em quarto lugar entre os temas mais demandados, encontra-se a atuação dos magistrados, com 4,08% - sendo a grande maioria de reclamações. De acordo com Wellington Saraiva, nesses casos, a Ouvidoria orienta o cidadão a formalizar requerimento ao CNJ ou às corregedorias dos tribunais.

Atendimento - De acordo com o relatório, a forma de comunicação mais comum é a virtual, com 96,39% dos atendimentos realizados pelo sistema eletrônico e 1,88% por email. Os outros meios utilizados foram correspondência (1,08%), ofício (0,47%), ligações telefônicas (0,16%) e o presencial (0,02%). No que diz respeito ao perfil de quem procura o CNJ, a maior parte é  de membros do Ministério Público (57,14%) e defensores públicos (45,45%). Em seguida, destacam-se pensionistas (42,42%), desempregados (40,70%), aposentados (38,71%) e advogados (38,64%). A Ouvidoria também registrou demandas de presidiários – 15,07% do total.


Giselle Souza
Foto/Fonte: Agência CNJ de Notícias
 

Notícias

Divórcio liminar?

Opinião Divórcio liminar? Daniela Bermudes Lino Raul Cézar de Albuquerque 9 de abril de 2025, 17h13 Enquanto isso, nos parece mais adequada a solução amplamente utilizada em Varas de Família e ratificada em algumas decisões de tribunais: decretar o divórcio na primeira audiência do processo, com...

Herança digital e planejamento sucessório

Herança digital e planejamento sucessório Luiz Gustavo de Oliveira Tosta No universo digital, legado também se planeja. Influenciadores e profissionais de mídia precisam proteger sua herança online com estratégia jurídica e visão sucessória. domingo, 6 de abril de 2025 Atualizado em 4 de abril de...

Se for de alto padrão, bem de família pode ser executado

Dignidade garantida Se for de alto padrão, bem de família pode ser executado 1 de abril de 2025, 12h57 Para o juiz, o dono da loja tem condições financeiras suficientes para não ficar desamparado. Ele determinou, então, a penhora do imóvel, e destinou 50% do valor à autora da ação. Confira em...

Pacto antenupcial: Liberdade, proteção e maturidade a dois

Pacto antenupcial: Liberdade, proteção e maturidade a dois Marcia Pons Mais do que divisão de bens, o pacto antenupcial tornou-se uma escolha consciente de casais modernos que valorizam autonomia, planejamento e vínculos duradouros. domingo, 30 de março de 2025   Atualizado em 28...

Vontade de um dos cônjuges é suficiente para a concessão de divórcio

LAÇOS ROMPIDOS Vontade de um dos cônjuges é suficiente para a concessão de divórcio Rafa Santos 28 de março de 2025, 8h23 Ao analisar o caso, o desembargador acolheu os argumentos da autora. “Antes da Emenda Constitucional n. 66/2010, a Constituição exigia separação judicial ou de fato antes da...