Na Semana da Mulher, Câmara aprova projeto sobre combate à violência sexual

08/03/2013 - 11h24

Na Semana da Mulher, Câmara aprova projeto sobre combate à violência sexual

Alexandra Martins / Câmara dos Deputados
Comemoração do Dia Internacional da Mulher, agraciar as vencedoras do Diploma Mulher- Cidadã Bertha Lutz, e lançar a Procuradoria da Mulher no Senado
Deputadas e senadoras reunidas na sessão solene que comemorou o Dia da Mulher

Todo ano na semana em que se comemora do Dia Internacional da Mulher (8 de março), a bancada feminina da Câmara prepara uma série de eventos e uma lista de propostas que aguardam votação para garantir mais igualdade entre os sexos. O problema é que muitas dessas propostas enfrentam resistências no Parlamento e, com uma bancada de pouco mais de 40 deputadas, falta número para garantir a aprovação dos projetos.

Neste ano, foi aprovado apenas o Projeto de Lei 60/99, da deputada Iara Bernardi (PT-SP), que determina o atendimento imediato e multidisciplinar das vítimas de violência sexual, inclusive quanto aos aspectos psicológicos. A matéria deve ser analisada ainda pelo Senado.

Na prática, o texto transforma em lei um protocolo já adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais que tenham pronto-socorro e serviço de ginecologia. Pelo projeto, no entanto, o atendimento multidisciplinar será obrigatório e gratuito em todos os hospitais da rede do SUS, sejam públicos ou privados conveniados.

Pendências
A bancada feminina tinha listado outras propostas consideradas prioritárias, mas que não foram votadas nesta semana. Entre elas, o Projeto de Lei (4857/09) que combate a discriminação de gênero dentro das empresas. A proposta está pronta para ser votada no Plenário e, desde 2010, é pautada no mês de março, mas a falta de acordo acaba impedindo a votação da proposta.

O projeto prevê uma série de mecanismos para coibir a discriminação contra as mulheres nas relações de trabalho. Entre as estratégias, estão a capacitação dos empregados, a criação de um selo para premiar empresas que se destaquem na aplicação de políticas de igualdade e de um cadastro negativo para as empresas onde forem constatadas práticas discriminatórias. Esse cadastro é um dos pontos mais polêmicos.

A coordenadora da bancada feminina, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), lamenta que a proposta encontre tantas dificuldades no Legislativo. "Ninguém diz que é contra, mas todos impedem que a votação chegue ao Plenário."
 

A autora da proposta, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), rechaça o argumento de que ela possa ter qualquer efeito negativo na empregabilidade de mulheres.

“A mesma coisa foi dita quando a licença-maternidade de quatro meses foi aprovada e não aconteceu o aumento do desemprego em relação às mulheres.”

Enquanto a proposta caminha com dificuldades pela Câmara, o Executivo já premia as empresas que se destacam na busca pela igualdade. A Secretaria de Políticas para as Mulheres, com o apoio da Secretaria de Políticas para a Igualdade Racial, da ONU Mulheres e da Organização Internacional do Trabalho já dão o selo pró-equidade de Gênero e Raça para empresas que cumprem uma série de práticas.

Maternidade e política
A bancada feminina também tinha pedido a votação das propostas de emenda à Constituição que amplia o período obrigatório de licença-maternidade de 120 dias para 180 dias (30/07) e que garante a presença de pelo menos uma mulher nas mesas diretoras da Câmara e do Senado (590/06). Nenhuma delas foi aprovada
.
 

Reportagem - Paula Bittar / TV Câmara
Edição – Natalia Doederlein - Foto: Alexandra Martins/Câmara dos Deputados

Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Consequências da venda de lote desprovido de registro

Opinião Consequências da venda de lote desprovido de registro Gleydson K. L. Oliveira 28 de outubro de 2024, 9h24 Neste contexto, o Superior Tribunal de Justiça tem posição pacífica de que o contrato de compromisso de compra e venda de imóvel loteado sem o devido registro do loteamento é nulo de...

Juíza reconhece impenhorabilidade de imóvel de família em ação de cobrança

BEM PROTEGIDO Juíza reconhece impenhorabilidade de imóvel de família em ação de cobrança 18 de outubro de 2024, 15h54 No recurso, a embargante argumentou que o imóvel é utilizado como moradia pela sua família, o que o torna impenhorável conforme a Lei 8.009/1990, que protege este tipo de...

TJ/PR vê fraude e anula venda de imóvel durante ação de execução

Alienação TJ/PR vê fraude e anula venda de imóvel durante ação de execução Tribunal ressaltou que ausência de penhora não isenta terceiros de investigarem regularidade do imóvel. Da Redação quinta-feira, 17 de outubro de 2024 Atualizado às 14:30 A 16ª câmara Cível do TJ/PR reconheceu como fraude a...