Nova lei valoriza conselheiros tutelares

19/11/2012 13:20

Para deputados, nova lei valoriza conselheiros tutelares

Luis Macedo
Dep. Márcio Marinho (PRB/BA)
Márcio Marinho: com ampliação do tempo de mandato, conselheiros poderão colocar projetos em prática.

Deputados foram unânimes em elogiar, nesta segunda-feira (19), a recente aprovação e sanção da Lei 12.696/12, que confere novas garantias aos conselheiros tutelares. Na sessão solene da Câmara para homenagear o Dia Nacional do Conselheiro Tutelar, comemorado no dia 18, os parlamentares afirmaram que a nova lei valoriza o profissional, cuja função é zelar, em âmbito municipal, pelos direitos das crianças e dos adolescentes.

A lei, que modificou o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), foi aprovada na Câmara em junho. Ela garantiu aos conselheiros pagamento pelo trabalho e acesso integral aos direitos trabalhistas, como cobertura previdenciária, férias anuais remuneradas, licença-maternidade ou paternidade, além de 13º salário. Conforme o texto, lei municipal ou distrital definará o salário dos conselheiros. Até então, o estatuto deixava brecha para que cada município e o Distrito Federal decidissem se os conselheiros teriam ou não salário.

O deputado Márcio Marinho (PRB-BA), que sugeriu a sessão solene, destacou ainda que a lei alterou o mandato dos conselheiros tutelares de três para quatro anos. Na sua visão, isso dará tempo para os conselheiros para colocarem projetos em prática.

Já a deputada Erika Kokay (PT-DF), que foi relatora da proposta na Câmara, lembrou que a data de eleição dos conselheiros será unificada nacionalmente e isso garantirá mais visibilidade a esses profissionais. “Valorizar e defender o conselheiro tutelar é uma questão de dar visibilidade aos problemas enfrentados pelas crianças e adolescentes brasileiros”, ressaltou Kokay.

“A melhor forma de os parlamentares homenagearem esses profissionais é assegurar recursos orçamentários para o funcionamento dos conselhos”, complementou a deputada Fátima Bezerra (PT-RN).

Problemas enfrentados
O deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC) informou que 25% dos municípios brasileiros ainda não têm conselho tutelar. Mário Marinho salientou que, na Bahia, há casos de conselheiros com até três meses de salários atrasados. Segundo ele, os profissionais exercem suas funções “com empenho e espírito de luta”.

Para a deputada Flávia Morais (PDT-GO), os conselheiros tutelares não vêm dispondo de condições mínimas de atuação em grande parte dos municípios brasileiros. A parlamentar afirma que os profissionais muitas vezes têm de lidar com a “inércia e incompreensão dos próprios governantes”, o que prejudicaria sua atuação.

Entre as atribuições do conselheiro tutelar, está o atendimento as crianças e adolescentes; atendimento e aconselhamento aos pais ou responsáveis; encaminhamento ao Ministério Público de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; e assessoramento às prefeituras na elaboração da proposta orçamentária para programas de atendimento à criança e ao adolescente.

 

Reportagem – Lara Haje
Edição – Daniella Cronemberger - Foto: Luis Macedo

Agência Câmara de Notícias

 

Notícias

STJ julga possibilidade de reconhecimento de parentesco socioafetivo post mortem

STJ julga possibilidade de reconhecimento de parentesco socioafetivo post mortem 16/03/2022 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do Migalhas) A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça – STJ vai definir se é possível o reconhecimento do parentesco socioafetivo post...

Judiciário cita pai, via facebook, em processo de alimentos

Judiciário cita pai, via facebook, em processo de alimentos 03/03/2022 Valquíria Santana Posicionamento jurisprudencial também foi utilizado por outros tribunais estaduais Após várias tentativas para citar o pai de um adolescente, na ação de alimentos que tramita na 2ª Vara da Família de São Luís,...

Filho adotivo tem direito à herança dos pais biológicos?

OPINIÃO Filho adotivo tem direito à herança dos pais biológicos? 14 de março de 2022, 20h31 Por Danielle Corrêa Faço uma observação para dizer que o período em que se estabelece a sucessão e partilha dos bens geralmente vem acompanhado de muita tensão e discordância entre os familiares. Leia em...