Número de acidentes aéreos no país segue tendência de 2011
09/04/2012 - 20h27 Comissões - Aviação Civil - Atualizado em 09/04/2012 - 20h28
Número de acidentes aéreos no país segue tendência de 2011
José Paulo Tupynambá
O presidente da Subcomissão Temporária sobre Aviação Civil, senador Vicentinho Alves (PR-TO), informou que o Brasil já teve mais de 40 ocorrências de acidentes aéreos em 2012. Segundo ele, os números seguem a tendência de 2011, quando foram computadas 156 ocorrências, total 41% maior que o do ano anterior. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (9), durante audiência pública da subcomissão.
A quantidade de acidentes, porém, é bem menor do que os computados em 1983, quando houve 421 ocorrências, de acordo com o agente de segurança de voo Ronaldo Jenkins de Lemos. A partir desse ano, começou um programa de conscientização em aeroclubes brasileiros, com noções básicas de segurança, o que diminuiu substancialmente o número de acidentes.
O diretor de Operação de Aeronaves da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Carlos Eduardo Pellegrino, afirmou, no entanto, que o Brasil foi aprovado na auditoria realizada pela Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) em 2009. A auditoria, disse Pellegrino, constatou que o país atingiu 87% de adesão aos regulamentos da entidade, enquanto a média mundial foi de 58,6%. No ranking dos países, o Brasil está em 9º lugar. Mas, se forem computados apenas os países mais desenvolvidos, o Brasil está na 5ª posição.
O diretor da Anac observou que auditoria realizada pela Agência de Aviação dos Estados Unidos aprovou a atuação da Anac. Ele destacou ações promovidas pela agência brasileira, como o controle de horas voadas por comandantes e também de certificação de aeroviários, aeronautas e empresas de aviação.
Pellegrino explicou, ainda, que a Anac não fiscaliza veículos aéreos não propulsados, ao ser questionado pelo presidente da comissão sobre o acidente fatal ocorrido durante voo de parapente no Rio de Janeiro, há duas semanas.
Também em resposta ao senador Vicentinho Alves, o coronel-aviador Frederico Felipe, chefe da Divisão de Aviação Civil do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse que as investigações realizadas pelo órgão são demoradas porque são muito pormenorizadas. Ele garantiu, contudo, que o tempo de sua duração é compatível com as realizadas em outros países.
A Subcomissão Temporária sobre Aviação Civil é vinculada à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
Agência Senado