Número de desabrigados chega a 2,7 mil

13/01/2011

 

Região serrana do Rio tem mais de 300 mortos em decorrência da chuva

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - Já passa de 300 o número de mortos em municípios da região serrana do Rio, atingidos pelo temporal na madrugada de quarta-feira (11). Durante a madrugada de hoje (13) a Defesa Civil encontrou mais corpos na região. De acordo com as prefeituras de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, o número de desabrigados chega a 2,7 mil.

Para verificar de perto os estragos, a presidenta Dilma Rousseff chegará ao Rio nesta quinta-feira para sobrevoar as áreas atingidas pelas chuvas. Ela deve desembarcar na Base Area do Galeão, às 11h30, e de lá segue de helicóptero para a região serrana.

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio vai enviar caminhões-pipa aos município de Teresópolis e Friburgo, que sofrem com problemas na distribuição de água.

Uma chuva fraca atingiu as cidades de Teresópolis e Petrópolis na noite de ontem, mas não houve registro de novos deslizamentos. Em Nova Friburgo, a comunicação ainda é precária.

 

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

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12/01/2011


Dilma assina MP destinando R$ 780 milhões para municípios afetados por problemas climáticos

Ivan Richard

Repórter da Agência Brasil

  

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff assinou agora há pouco medida provisória autorizando a destinação de R$ 780 milhões para socorrer os municípios atingidos por enchentes e estiagem. A medida provisória será publicada amanhã (13) no Diário Oficial da União. 

Do total, R$ 700 milhões serão destinados ao Ministério da Integração Nacional para ações da Secretaria Nacional de Defesa Civil. 

A medida provisória também prevê a destinação de R$ 80 milhões para o Ministério dos Transportes aplicar em obras de recuperação de estradas destruídas pelas enchentes. 

De acordo com a MP, R$ 600 milhões deverão ser usados no atendimento emergencial dos estados e municípios atingidos por enchentes e seca e R$ 100 milhões para realização de obras preventivas. 

Os recursos poderão ser usados por todos os municípios que foram atingidos por intempéries. 

 

Alterada para acréscimo de informação. Edição: João Carlos Rodrigues

Agência Brasil

 

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12/01/2011


Cidade de Franco da Rocha permanece alagada

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

 

Franco da Rocha (SP) – Situada a 45 quilômetros da capital paulista, a cidade está com as ruas centrais alagadas por causa das fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias. O nível da água, que chegou a 88 centímetros na manhã de hoje (12), diminuiu pouco durante a tarde. Permanecem ilhadas a prefeitura, o fórum, a delegacia de polícia e a Câmara dos vereadores.

A região central foi totalmente inundada pela vazão da Represa Paiva Castro, que não pôde conter a cheia do Rio Juqueri. Até o momento, não se tem notícia de feridos ou desabrigados. As 35 pessoas que tiveram de deixar suas casas por causa da enchente estão alojadas com parentes ou em uma escola municipal que serve de abrigo.

A prefeitura montou um gabinete provisório em uma escola, na Rua Azevedo Soares, de onde o prefeito Márcio Cecchettini e a Defesa Civil coordenam os trabalhos. O prefeito ainda não decidiu se decretará estado de emergência ou de calamidade. O decreto deverá ser assinado ainda hoje.

A Praça da Saúde e a Unidade Básica de Saúde (UBS) estão funcionando normalmente, assim como os postos de saúde, que interromperam os trabalhos.

O técnico em telefonia David Lopes, que mora em Franco da Rocha há 21 anos, conta que a cidade já tinha enfrentado alagamentos outras vezes, mas que enchente na dimensão desta nunca havia ocorrido. “Isso já tinha acontecido outras vezes, mas nunca fiquei dois dias sem poder ir trabalhar por causa da enchente”, disse ele à Agência Brasil.

Lopes informou que, nos últimos anos, a represa tem sido aberta com mais frequência. “Antigamente não era assim, não. Ultimamente, qualquer chuvinha, e eles já estão querendo abrir a comporta”.

De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a abertura das comportas está sendo feita gradualmente, para evitar um rompimento da barragem, cujos efeitos poderiam ser ainda piores.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que, por causa dos alagamentos, a circulação de trens foi interrompida no trecho entre Caieiras e Franco da Rocha, na Linha 7-Rubi, que liga a Estação da Luz à Estação Morato Coelho. Foi acionado o Plano Paese, de oferta gratuita de transporte com ônibus, mas, na região central, os veículos também não conseguem rodar.

 

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

 

 

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