“O cidadão quer que seu problema seja resolvido”, diz Noronha

Corregedor defende, em encontro no Pará, uma gestão profissional do judiciário, "porque só ela salva a Justiça". FOTO: Érika Nunes/TJPA

“O cidadão quer que seu problema seja resolvido”, diz Noronha

26/03/2018 - 17h12

O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, encerrou, na última sexta-feira (23/3), o 77º Encontro do Colégio Permanente de Corregedores Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil (Encoge), em Belém/PA.

Gestão e metodologia foram a tônica do seu discurso. Para ele, a justiça pode ser simplificada. “Aquela justiça artesanal das décadas de 1950 e 1960 não existe mais; eram outros tempos. Temos que partir agora para uma gestão profissional, porque só ela salva a justiça. O cidadão quer que seu problema seja resolvido. E é justamente a falta de comprometimento com o jurisdicionado que faz com que sejamos ineficientes”, disse.

Exemplificando essa nova maneira de administrar a justiça, Noronha citou o trabalho feito pela Corregedoria Nacional durante as inspeções nos tribunais. De acordo com ele, sua equipe adota expediente preliminar que já determina dois tipos de providências a serem adotadas pela Corte inspecionada, conforme o caso: recomendação - quando há discricionariedade da administração - e determinação - quando é imprescindível à manutenção da conformidade.

“Com isso, esperamos acelerar as providências necessárias à melhoria da qualidade da prestação jurisdicional”, afirmou.  Eficiência Noronha ressaltou ainda a importância da qualidade do serviço jurisdicional. “Precisamos ter prestígio pela qualidade do nosso trabalho e não pela aglutinação de poder entre os colegas. Nós temos de lutar pela nossa eficiência. E é por isso que eu defendo a fiscalização da produtividade não só na primeira, mas também na segunda instância".

O corregedor também falou sobre o desempenho das Corregedorias locais. "Problemas de politicagem dentro do Judiciário precisam ser resolvidos por meio das Corregedorias. Nós temos de entender que o nosso papel é maior do que a amizade com os colegas. É importante lembrar que atitudes em desconformidade com os princípios básicos da administração pública são casos de improbidade. Nós não somos pagos para fazer o que queremos. Nós somos pagos para fazer o que precisa ser feito em prol da melhoria do serviço ao jurisdicionado", concluiu.

77º Encoge
O encontro reuniu corregedores de Justiça de todo o país para troca de experiências e apresentação de projetos de boas práticas adotadas no desenvolvimento das atividades correcionais

Corregedoria Nacional da Justiça
Fonte: CNJ

Notícias

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou Novo sistema dos cartórios permite aos juízes escolher os bens de acordo com o valor para serem bloqueados, cobrindo apenas o valor da dívida Anna França 30/01/2025 15h00 • Atualizado 5 dias atrás O avanço da digitalização dos...

Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte

Recurso especial Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte 26 de janeiro de 2025, 9h52 O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve a decisão de primeiro grau. Os autores, então, entraram com recurso especial alegando que deveriam ter sido intimados...