Para Maia, regulamentação de aplicativos de transporte deve caber a prefeituras

04/04/2017 - 10h13

Plenário pode votar regulamentação de táxis e aplicativos de transporte individual

O Colégio de Líderes reúne-se às 15 horas para discutir a pauta de votações da semana

 
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para análise, discussão e votação de diversos projetos
Deputados também poderão votar projeto que aumenta penas para crimes relacionados à pirataria

O projeto de lei sobre a regulamentação dos serviços de transporte individual privado (PL 5587/16) é o destaque do Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (4). Os deputados podem começar a debater ainda o Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, que impõe regras para a ajuda da União na recuperação de estados em situação de calamidade fiscal.

De autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o PL 5587/16 permite que qualquer serviço de transporte de passageiros seja oferecido somente por meio de veículos que tenham a caixa luminosa externa com a palavra “táxi” e possuam taxímetro. Com isso, segundo o Uber, uma das empresas que presta serviços de transporte agendados por meio de aplicativos, a proposta inviabilizaria sua atuação nos moldes existentes hoje.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, adiantou que as negociações em torno de um texto alternativo caminham na direção de se fazer uma regulamentação geral, deixando para os municípios a edição de regras específicas sobre o tema. No ano passado, Maia havia prometido que a matéria iria a votação depois do fim de março.

Para ser votado ainda nesta semana, o projeto precisa antes ter o regime de urgência aprovado, cujo pedido também está pautado.

Dívidas dos estados
Em sessão extraordinária marcada para as 19 horas desta terça-feira (4), os deputados poderão analisar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, do Poder Executivo, que cria o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal para ajudar os estados endividados em calamidade fiscal em troca de contrapartidas como elevação de alíquotas de contribuição social de servidores, redução de incentivos tributários e privatizações.

Segundo o projeto, o regime poderá durar até três anos, com prorrogação por igual período. Durante esse prazo, o estado não pagará as prestações da dívida devidas à União. Esses valores não pagos serão corrigidos pelos encargos financeiros previstos originariamente nos contratos para acrescentá-los aos saldos devedores atualizados.

Além de medidas de redução de gastos, que cada ente federado participante deverá instituir por meio de leis próprias, a moratória provisória será garantida pela vinculação de recursos dos repasses aos estados previstos constitucionalmente (IRRF descontado de seus servidores, Fundo de Participação dos Estados, parte do IPI), e de tributos de sua competência (IPVA, ICMS, transmissão causa mortis).

Pirataria
Também consta da pauta o Projeto de Lei 333/99, que aumenta as penas para crimes relacionados à pirataria. Os deputados precisam analisar substitutivo do Senado à matéria. A redação da Câmara é de 2000 e a do Senado é de 2003.

De forma geral, o projeto propõe a transformação de penas de detenção em penas de reclusão. No texto da Câmara, a penalidade varia de 1 a 4 anos e multa, enquanto o Senado propõe 2 a 4 anos e multa e inclui novos crimes cujas penas serão aumentadas. Todas as mudanças são na Lei 9.279/96, sobre direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

No artigo sobre o destino a dar aos produtos apreendidos, tanto o texto dos deputados quanto o dos senadores acrescentam dispositivo prevendo a apreensão dos equipamentos e outros materiais destinados à produção.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
Origem das Fotos/Fonte: Agência Câmara Notícias
 
________________________________________________
 
04/04/2017 - 14h01

Para Maia, regulamentação de aplicativos de transporte deve caber a prefeituras

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira (4) que pretende votar ainda nesta semana o projeto que trata da regulamentação dos aplicativos de transporte individual de passageiros.

Segundo ele, um acordo está sendo construído para que o Plenário analise apenas a inserção da previsão dos aplicativos na legislação sobre mobilidade urbana e também deixar claro que a competência para regulamentação será dos municípios.

Substitutivo
A proposta original (PL 5587/16), apresentada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), determinava que qualquer serviço de transporte individual de passageiros fosse oferecido apenas por meio de veículos que tivessem a caixa luminosa externa com a palavra “táxi” e possuíssem taxímetro. Na prática, a proposta poderia inviabilizar serviços como o Uber e outros aplicativos.

“Ouvimos deputados e interessados. Evoluímos para um substitutivo cujo principal objetivo é ter uma regulamentação pelas prefeituras e, ao mesmo tempo, uma limitação no número de veículos. Hoje o Uber e outros aplicativos cadastram motoristas infinitamente. Isso leva a uma degradação não só do serviço de táxi como do próprio Uber”, disse Zarattini.

Defensor do uso de aplicativos, o deputado Thiago Peixoto (PSD-GO) concordou com a regulamentação, para assegurar o controle dos serviços. “O que condenamos é a proibição, que não pode acontecer de forma alguma. Quem vai ser prejudicado com isso não é a empresa, mas sim o cidadão, que escolheu se locomover usando esses aplicativos.”

Estados endividados
Rodrigo Maia também informou que também pretende colocar em votação o projeto que cria o regime especial de estados superendividados (PLP 343/17), com contrapartidas dos Executivos estaduais para suspender o pagamento para aqueles em crise fiscal aguda.

“O texto trata de recuperação e não de renegociação [de dívidas]. Não tem benefício a estado nenhum, o texto é muito duro, que coloca contrapartidas e restrições aos que vierem a aderir a essa recuperação”, disse.

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Ralph Machado
Agência Câmara Notícias
 

 

Notícias

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou Novo sistema dos cartórios permite aos juízes escolher os bens de acordo com o valor para serem bloqueados, cobrindo apenas o valor da dívida Anna França 30/01/2025 15h00 • Atualizado 5 dias atrás O avanço da digitalização dos...

Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte

Recurso especial Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte 26 de janeiro de 2025, 9h52 O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve a decisão de primeiro grau. Os autores, então, entraram com recurso especial alegando que deveriam ter sido intimados...

Herança musical: Como proteger direitos autorais antes da morte?

Precaução Herança musical: Como proteger direitos autorais antes da morte? Dueto póstumo envolvendo Marília Mendonça e Cristiano Araújo ilustra como instrumentos jurídicos podem preservar legado de artistas. Da Redação quinta-feira, 23 de janeiro de 2025 Atualizado às 15:07 A preservação do legado...

Imóveis irregulares: Saiba como podem ser incluídos no inventário

Imóveis irregulares: Saiba como podem ser incluídos no inventário Werner Damásio Descubra como bens imóveis sem escritura podem ser partilhados no inventário e quais os critérios para garantir os direitos dos herdeiros. domingo, 19 de janeiro de 2025 Atualizado em 16 de janeiro de 2025 10:52 A...