PEC cria regras para impedir demora na análise de veto presidencial

 

21/06/2011 11:32

PEC cria regras para impedir demora na análise de veto presidencial

 

Rodolfo Sturckert
Eduardo Cunha
Eduardo Cunha: atual sistema de veto privilegia a vontade do Executivo.

A Câmara analisa proposta que estabelece o trancamento da pauta da Câmara e do Senado, caso a apreciação de veto do presidente da República a projeto de lei demore mais que 30 dias. Hoje, somente a pauta das sessões conjuntas do Congresso é trancada nesses casos. A medida, que vale para os vetos realizados a partir de janeiro deste ano, está prevista na Proposta de Emenda à Constituição 26/11.

O autor da proposta, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), explica que a interpretação atual faz com que muitos vetos esperem muitos anos pela sua análise. Além disso, de acordo com o deputado, na prática, o prazo de 30 dias só começa a ser contado após a leitura da mensagem de veto. “Com isso, dezenas de vetos dormitam no Congresso, aguardando a vontade política dos parlamentares em apreciá-los”, diz.

De acordo com a PEC, após os 30 dias contados da publicação, o veto entra em regime de urgência em cada uma das casas do Congresso (Câmara e Senado). Nesses casos, todas as deliberações ficariam suspensas em qualquer tipo de sessão, seja ordinária ou extraordinária. Até mesmo as análises de medidas provisórias dependeriam da análise do veto.

Na avaliação de Eduardo Cunha, a proposta vai garantir ao Congresso a prerrogativa de ter a última palavra sobre a sorte de um projeto de lei. “O atual sistema de veto acaba permitindo um poder totalitário ao Executivo, que faz valer a sua vontade, sem permitir ao Congresso o exercício de suas prerrogativas”, critica.

Tramitação
A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à sua admissibilidade. Se for aprovada, será examinada por uma comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário.

 

Íntegra da proposta:

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Newton Araújo
Agência Câmara de Notícias

 

Notícias

Por abandono afetivo, mulher consegue retirar sobrenome paterno de registro

quinta-feira, 11 de julho de 2024 Por abandono afetivo, mulher consegue retirar sobrenome paterno de registro Para magistrada, manutenção do nome do suposto genitor condenaria mulher a reviver passado de abandono. Mulher consegue o direito de retirar sobrenome paterno do registro civil devido a...

Casal homoafetivo consegue adotar criança após criá-la por nove anos

Direito de família Casal homoafetivo consegue adotar criança após criá-la por nove anos Magistrada identificou prática ilegal de adoção dirigida, mas optou por destituir genitora do poder familiar em prol do melhor interesse da criança, já adaptada ao lar do casal. Da Redação segunda-feira, 8 de...

Juíza permite paternidade biológica e socioafetiva em registro

Dupla paternidade Juíza permite paternidade biológica e socioafetiva em registro Magistrada considerou que a paternidade não é apenas um fato biológico, mas também um fato cultural e afetivo. Da Redação sexta-feira, 5 de julho de 2024 Atualizado às 15:29 Criança poderá ter dupla paternidade em...

Casamento de brasileiros no exterior segundo STJ: importância da legalização

OPINIÃO Casamento de brasileiros no exterior segundo STJ: importância da legalização Sofia Jacob 6 de julho de 2024, 17h24 Por que os brasileiros que se casaram no exterior enfrentam tantas dificuldades? A complexa teia burocrática, marcada por exigências documentais extensas, informações...

Relação entre contrato de mútuo e alienação fiduciária em garantia

OPINIÃO Relação entre contrato de mútuo e alienação fiduciária em garantia Gleydson K. L. Oliveira 26 de junho de 2024, 18h28 A única finalidade para a retomada judicial do bem é levá-lo a leilão extrajudicial para que o produto da venda se destine ao pagamento da dívida. Prossiga em Consultor...