PJe: evento desmistifica processo eletrônico em comarcas mineiras

Dados e informações foram apresentados a usuários do sistema desenvolvido pelo CNJ (Divulgação/TJMG)

PJe: evento desmistifica processo eletrônico em comarcas mineiras

16/05/2017 - 13h58 

Mostrar que o Processo Judicial eletrônico (PJe) não é um bicho de sete cabeças. É esse, basicamente, o objetivo do evento de abertura nas comarcas mineiras onde o PJe será implantado. Nos dias 11 e 12 de maio, o evento ocorreu respectivamente em Lavras e Pará de Minas. As comarcas fazem parte do primeiro ciclo de implantação em 2017.

Acredita-se que a expressão "bicho de sete cabeças" tenha surgido na mitologia grega, com a história da Hidra de Lerna, um monstro com várias cabeças. Há variações quanto ao número, fato é que quando uma das cabeças era cortada, outras renasciam em substituição. Coube ao grego Héracles a missão de derrotar o monstro.

No Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), coube ao coordenador do Núcleo Técnico do PJe, Kassioscley Dreher Ribeiro, desmistificar alguns pontos relacionados ao sistema. De uma maneira objetiva e descontraída, ele explicou o que é, como irá funcionar, quando ocorrerão as capacitações, onde buscar informações e tirar dúvidas a respeito do sistema eletrônico. Ele também fez um breve histórico do sistema e citou os atos normativos referentes ao PJe. O coordenador conta com a ajuda de magistrados e equipes de diversas áreas para esclarecer o tema.

Em Lavras, o desembargador Adilson Lamounier afirmou que a mudança proporcionará maior segurança e economia de papel nas comarcas, além de maior agilidade para o trabalho do Judiciário. O juiz diretor do foro, Sérgio Luiz Maia, afirmou que o PJe é um marco tecnológico para o Judiciário. “O sistema facilitará a vida de quem atua na área do direito. Haverá diminuição de custos, tempo e burocracia. Teremos mais agilidade no andamento processual”. O magistrado disse que esse é um sistema que veio para ficar e deve ser levado às varas criminais e juizados especiais.

Representando o presidente do TJMG em Pará de Minas, o desembargador Pedro Bernardes de Oliveira disse que ter uma Justiça sem papel é um sonho. “Com o tempo, pouco a pouco, conseguiremos chegar a esse objetivo. Estamos acostumados com o papel. A princípio, sair dele pode causar uma preocupação inicial, mas é uma evolução, temos de avançar para isso. É uma economia, preservação da natureza. A época da comunicação exige que façamos as atividades à distância, evitando a locomoção permanente.”

Na mitologia, para impedir a renovação das cabeças, Hércules incinerava aquela que havia sido cortada. No Judiciário, a ida às comarcas com explanações e números é a arma contra o desconhecimento. A alta administração, magistrados e servidores da Diretoria de Informática (Dirfor), da Corregedoria-Geral de Justiça, da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), da Assessoria de Comunicação Institucional (Ascom), entre outros colaboradores, se uniram para levar os esclarecimentos.

Até o momento, 29 comarcas de entrância especial e 8 de segunda entrância receberam o PJe. A previsão é que a implantação ocorra em João Monlevade, Sabará, Lavras e Pará de Minas em 19 de junho. E até o final do ano, que isso ocorra em mais 12 comarcas. O planejamento foi feito de acordo com a representatividade em termos de volume processual.

Em Minas Gerais, quase 85 mil usuários acessam o sistema, há mais de 835 mil processos em 261 órgãos julgadores das 37 comarcas onde já está instalado o PJe. Foram proferidas mais de 180.080 sentenças e armazenados mais de 20 milhões de peças processuais.

Fonte: TJMG
Extraído de CNJ

Notícias

Direito de ter acesso aos autos

Segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 Indiciado em ação penal há quase 10 meses reclama direito de acesso aos autos Denunciado perante a 2ª Vara Federal de Governador Valadares (MG) por supostamente integrar uma quadrilha acusada de desvio de verbas destinadas a obras municipais – como construção...

Autorização excepcional

28/02/2011 - 14h14 DECISÃO Avô que vive com a filha e o neto consegue a guarda da criança A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu ao avô de uma criança, todos moradores de Rondônia, a guarda consensual do menor, por entender que se trata de uma autorização excepcional. O...

A prova da morte e a certidão de óbito

A PROVA DA MORTE E A CERTIDÃO DE ÓBITO José Hildor Leal Categoria: Notarial Postado em 18/02/2011 10:42:17 Lendo a crônica "Um mundo de papel", do inigualável Rubem Braga, na qual o autor critica com singular sarcasmo a burocracia nas repartições públicas, relatando acerca de um suplente de...

Cópias sem autenticação inviabilizam mandado de segurança

Extraído de AnoregBR Cópias sem autenticação inviabilizam mandado de segurança Seg, 28 de Fevereiro de 2011 08:54 O objetivo era extinguir uma reclamação trabalhista com o mandado de segurança, mas, depois dos resultados negativos nas instâncias anteriores, as empregadoras também tiveram seu...

O mercado ilegal de produtos

27/02/2011 - 10h00 ESPECIAL Decisões judiciais imprimem mais rigor contra a pirataria “Receita continua a fiscalizar comércio irregular em São Paulo.” “Polícia estoura estúdio de pirataria e apreende 40 mil CDs e DVDS.” “Quadrilha tenta pagar propina de R$ 30 mil e é desarticulada.” Todas essas...

A idade mínima para ser juiz

  Juízes, idade mínima e reflexos nas decisões Por Vladimir Passos de Freitas A idade mínima para ser juiz e os reflexos no comportamento e nas decisões é tema tratado sem maior profundidade. As Constituições de 1824 e de 1891 não fixaram idade mínima para ser juiz. Todavia, o Decreto 848,...