Professores defendem educação emocional para melhorar aprendizado de crianças

Origem da Foto: Agência Câmara Notícias
18/05/2017 - 19h12

Professores defendem educação emocional para melhorar aprendizado de crianças

 
Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a Educação Emocional na Formação dos Estudantes da Educação Básica
Comissão de Educação da Câmara discutiu a implementação da educação emocional nas escolas

Professores defenderam a inclusão da educação emocional nas escolas, como forma de melhorar o aprendizado das crianças e auxiliar a resolução de conflitos pessoais e familiares. O tema foi debatido nesta quinta-feira (18) em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

O professor João Roberto de Araújo, da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que é um equívoco priorizar o âmbito econômico na educação e ignorar as emoções e o afeto humano. Araújo, que é mestre em Psicologia Social, disse que, assim como se ensina geografia ou matemática, é preciso ensinar as crianças a lidar e compreender as emoções.

"Será que sentir raiva é feio? Não, não é feio. A raiva faz parte, mas eu preciso saber que eu posso fazer isso ou aquilo com a raiva para não ser um analfabeto emocional. O analfabeto emocional é aquele que não sabe as emoções que tem, como elas aparecem e não sabe o que fazer com elas. Por isso eles matam, ferem, roubam, vão presos e sofrem profundamente", disse Araújo.

Experiência municipal
A Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco (AC) trabalha com educação emocional nas escolas há cerca de seis anos. Depois de incorporar a dimensão emocional no currículo escolar e na formação continuada dos professores, a capital acriana subiu do 9º para o 4º lugar entre as capitais brasileiras no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb).

“Essa competência emocional é uma competência importante para que nós possamos, a partir de um novo clima emocional, favorecer o avanço da aprendizagem", disse o secretário municipal de Educação de Rio Branco, Márcio Batista.

Em Rio Branco, as crianças têm aulas de educação emocional duas vezes por semana e passam a compartilhar seu estado emocional. "A criança na escola aprende as estratégias de conhecer as emoções, de falar sobre as emoções, regular essas emoções e desenvolver uma autoconfiança tamanha que ela se encoraja a fazer a mediação de conflitos com os pais que, pela ausência de uma educação emocional, não conseguem fazer”, disse o secretário.

Márcio Batista destacou que o programa melhorou o clima emocional nas escolas e, consequentemente, favoreceu o avanço da aprendizagem dos alunos.

Debate no Brasil
O presidente da Comissão de Educação, deputado Caio Narcio (PSDB-MG), defendeu o debate sobre o assunto no Legislativo e a aproximação do tema por meio do conhecimento de experiências de implementação da educação emocional.

"É importante verificar o funcionamento de algo que, na prática, já está produzindo resultados inquestionáveis e que merecem de nós uma atenção e um olhar diferenciado. Esse instrumento pode ajudar não só no desenvolvimento dos nossos índices educacionais, mas no desenvolvimento do ser humano com um todo", disse Narcio, que sugeriu a realização da audiência desta quinta-feira.

Como resultado da audiência pública, Caio Narcio espera sensibilizar o Ministério da Educação para que essas experiências sejam ampliadas por meio de projetos-pilotos. Para ele, é fundamental que a educação emocional se torne realidade no sistema educacional do Brasil.

Reportagem – Leilane Gama
Edição – Pierre Triboli
Agência Câmara Notícias
 
 

 

Notícias

A prova da morte e a certidão de óbito

A PROVA DA MORTE E A CERTIDÃO DE ÓBITO José Hildor Leal Categoria: Notarial Postado em 18/02/2011 10:42:17 Lendo a crônica "Um mundo de papel", do inigualável Rubem Braga, na qual o autor critica com singular sarcasmo a burocracia nas repartições públicas, relatando acerca de um suplente de...

Cópias sem autenticação inviabilizam mandado de segurança

Extraído de AnoregBR Cópias sem autenticação inviabilizam mandado de segurança Seg, 28 de Fevereiro de 2011 08:54 O objetivo era extinguir uma reclamação trabalhista com o mandado de segurança, mas, depois dos resultados negativos nas instâncias anteriores, as empregadoras também tiveram seu...

O mercado ilegal de produtos

27/02/2011 - 10h00 ESPECIAL Decisões judiciais imprimem mais rigor contra a pirataria “Receita continua a fiscalizar comércio irregular em São Paulo.” “Polícia estoura estúdio de pirataria e apreende 40 mil CDs e DVDS.” “Quadrilha tenta pagar propina de R$ 30 mil e é desarticulada.” Todas essas...

A idade mínima para ser juiz

  Juízes, idade mínima e reflexos nas decisões Por Vladimir Passos de Freitas A idade mínima para ser juiz e os reflexos no comportamento e nas decisões é tema tratado sem maior profundidade. As Constituições de 1824 e de 1891 não fixaram idade mínima para ser juiz. Todavia, o Decreto 848,...

Quando o anticoncepcional falha

Quando o anticoncepcional falha (25.02.11) O TJ de Santa Catarina decidiu que uma indústria Germed Farmacêutica Ltda. deve continuar pagando pensão de um salário mínimo mensal - mesmo enquanto apelação não é julgada - a uma mulher da cidade de Navegantes que teria engravidado apesar de utilizar...

Credores não habilitados

Extraído de AnoregBR Concordatária tem direito ao levantamento de valores que estão depositados à disposição de credores não habilitados Sex, 25 de Fevereiro de 2011 13:53 A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a empresa Ferragens Amadeo Scalabrin Ltda. tem direito ao...