Relator propõe fim do voto secreto em todas as deliberações parlamentares

09/10/2013 - 20h10 Especial - Atualizado em 09/10/2013 - 22h17

Relator defende voto aberto em todas as deliberações legislativas

Patrícia Oliveira

A PEC do Voto Aberto está pronta para ser reexaminada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), com parecer do senador Sérgio Souza (PMDB-PR) sobre as emendas oferecidas em Plenário na semana passada. O relator manteve a posição apresentada na mesma comissão, em setembro último, quando acolheu a proposta de fim do voto secreto em todas as deliberações parlamentares.

Assim, além das votações para a cassação de mandatos parlamentares, deixariam de ser secretas as votações nas comissões e no Plenário do Senado para a indicação de chefes de missão diplomática, magistrados, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), presidente e diretores do Banco Central e procurador-geral da República.

Do mesmo modo passaria a ser aberta a apreciação de vetos presidenciais.

De autoria do ex-deputado e ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013,  estende o voto aberto amplo nas manifestações do Congresso Nacional a todas as casas legislativas, como assembleias estaduais e câmaras de vereadores.

Sergio Souza deu parecer contrário às emendas de números 1 a 3, dos senadores Lobão Filho (PMDB-MA), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR), respectivamente, que mantêm o voto secreto nos casos de indicação de autoridades e apreciação de vetos presidenciais.

O relator refuta a adoção do voto secreto para proteger o parlamentar das alegadas pressões de poder político e administrativo, como do Executivo, ou ainda, nos processos de cassação de mandato, até mesmo de um colega parlamentar. Além disso, rebate a justificativa de que seria uma medida preventiva contra futuras e hipotéticas retaliações.

Sérgio Souza argumenta, em seu relatório, que a realidade do Brasil mudou com a revolução tecnológica que tem gerado efeitos em todos os setores, incluindo a política e o funcionamento das diversas instituições estatais.  Para ele, todas as pressões contra a independência e a autonomia do parlamentar podem ser compensadas pela “vigilância dos cidadãos”.

Segundo o parlamentar, a PEC 43, ao tornar abertas e públicas todas as deliberações do Congresso Nacional, revela “a necessária transparência e publicidade que deve reger a vida pública e o funcionamento das instituições do Estado”, com a vigilância da sociedade sobre a atividade do Congresso Nacional.

 

Agência Senado

 

Notícias

Juíza reconhece impenhorabilidade de imóvel de família em ação de cobrança

BEM PROTEGIDO Juíza reconhece impenhorabilidade de imóvel de família em ação de cobrança 18 de outubro de 2024, 15h54 No recurso, a embargante argumentou que o imóvel é utilizado como moradia pela sua família, o que o torna impenhorável conforme a Lei 8.009/1990, que protege este tipo de...

TJ/PR vê fraude e anula venda de imóvel durante ação de execução

Alienação TJ/PR vê fraude e anula venda de imóvel durante ação de execução Tribunal ressaltou que ausência de penhora não isenta terceiros de investigarem regularidade do imóvel. Da Redação quinta-feira, 17 de outubro de 2024 Atualizado às 14:30 A 16ª câmara Cível do TJ/PR reconheceu como fraude a...

Evolução e relevância da separação de fato no direito brasileiro

Evolução e relevância da separação de fato no direito brasileiro Vitor Frederico Kümpel e Thaíssa Hentz de Carvalho quarta-feira, 16 de outubro de 2024 Atualizado em 15 de outubro de 2024 18:03 A separação de fato, embora não dissolva formalmente o vínculo matrimonial, é uma realidade que afeta...