Um ano depois da lei, cadeirinhas encalham nas lojas de SP

Segunda-Feira, 10 de Outubro de 2011 12:03:00

Um ano após entrar em vigor a lei que obriga o uso de cadeirinhas em carros para crianças de até sete anos de idade, os produtos estão encalhados nos estoques das lojas do Estado de São Paulo.

Comerciantes consultados dizem que muitos clientes encomendaram o produto, mas desistiram da compra porque não estão vendo fiscalização nas ruas. A polícia nega e diz que fiscaliza os veículos.

A procura diminuiu, segundo as lojas, desde o final do ano passado. A lei entrou em vigor em setembro.

"Quando as cadeirinhas chegaram, ligamos [para os clientes que fizeram encomenda]. Algumas mães responderam: 'Ah, a lei não pegou, não há mais fiscais nas ruas. Vou esperar mais um pouco para comprar'", contou a vendedora Jacilene Rocha, 33, da loja Tutti Bebê, em Ribeirão Preto (313 km de SP).

Na mesma cidade, a Sonorama Baby, que chegou a ter 200 nomes na lista de espera, agora está com 200 assentos em estoque.

Na rede Alôbebê, há lojas como as do bairro Santana ou Morumbi, na capital, que adotaram uma promoção. O banner indica ao cliente: "Compre um carrinho e ganhe um booster [assento para crianças maiores]".

Em outras redes, como a Chicco, as vendas de janeiro a agosto voltaram ao patamar do mesmo período de 2010.

As fábricas também estão sentindo o problema. Em Limeira (151 km de SP), a Burigotto, uma das principais do setor, está com 40% a mais de cadeirinhas e assentos de elevação no estoque comparado a 2009, quando a lei não estava em vigor.

Segundo o diretor industrial Élio Santini Júnior, a produção foi reduzida em 30% desde janeiro e 25% dos funcionários foram demitidos.

FISCALIZAÇÃO

Responsável pelo Comando de Policiamento de Trânsito da PM na capital, o capitão Paulo Sérgio de Oliveira nega que tenha havido uma queda na fiscalização.

"Não é que a lei não pegou. Quem diz isso são pessoas inconsequentes. A questão é que a lei está em vigor e quem não respeitar será multado."

Na visão de Oliveira, a constância nas multas mês a mês mostra que as pessoas estão respeitando a norma.

Presidente da ABPTRAN (Associação Brasileira de Profissionais do Trânsito), Julyver Modesto de Araújo disse que houve conscientização dos pais, mas que há falhas na lei que ainda precisam ser aperfeiçoadas.

Uma delas é o fato de a obrigatoriedade das cadeirinhas ter sido abolida para veículos como táxis ou vans de transporte escolar.

"Sei que existe uma pressão desses setores, mas nada deve se sobrepor à segurança das crianças", disse.

 

Autor/Fonte: Folha - AGORA REDE

Foto/Fonte: Agora São Paulo

Notícias

Igualdade das partes

Extraído de DPU Artigo: MP ao lado do juiz viola equidistância das partes  Por Eduardo Tergolina Teixeira, Gabriel Faria Oliveira e Vinícius Diniz Monteiro de Barros    A Constituição do Brasil, em seu artigo 5º, caput e incisos LIV e LV, estabelece a igualdade das partes no curso do...

Fiança questionada

  STJ mantém fiança de pessoa diversa do contratante A fiança feita por pessoa jurídica diferente daquela que celebrou o contrato principal, e que é juridicamente válida, deve ser mantida para não tornar o principal sem efeito. Esse foi o entendimento da 2ª Turma do Superior Tribunal de...

Diplomação deve incidir sobre suplente da coligação

Quinta-feira, 17 de março de 2011 Diplomação deve incidir sobre suplente da coligação, decide Lewandowski O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu pedido de liminar apresentado por Wagner da Silva Guimarães, que pretendia assumir a cadeira do deputado federal Thiago...

Você teria sido aprovado no concurso para juiz de SC?

Fonte: www.espacovital.com.br Você teria sido aprovado no concurso para juiz de SC? (15.03.11)    Os leitores foram convidados a testar seus conhecimentos. Hoje, este saite repete, nesta páginas, quatro das mais complicadas (ou curiosas) perguntas, e já destaca em azul quais as...

Dano moral à doméstica deve ser analisado pela Justiça comum

15/03/2011 - 09h15 DECISÃO Dano moral à doméstica cometido por patroa médica deve ser analisado pela Justiça comum Cabe à justiça comum estadual processar e julgar ação de indenização por danos morais ajuizada por ex-empregada doméstica, por suposto erro médico praticado por sua ex-empregadora,...

STF deve julgar se ISS deve ser pago seguindo lei municipal ou lei federal

15/03/2011 - 13h03 DECISÃO STF deve julgar se ISS deve ser pago seguindo lei municipal ou lei federal Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada...